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Programa visa combate criminalidade em AL

Jovens tiveram no Palácio para tirar dúvidas sobre o programa.

Jovens que fazem parte do movimento estudantil, ongs e movimentos sociais de Alagoas conheceram na manhã desta quinta-feira (23), no Palácio República dos Palmares, o trabalho das equipes envolvidas nos projetos do governo federal, que são coordenados pela Secretaria da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos com o objetivo de combater os índices de criminalidade do Estado.

Os responsáveis pelo Projovem, Protejo, Mulheres da Paz e Procon Comunitário apresentaram os programas, tiraram dúvidas dos jovens e ouviram sugestões durante a reunião, coordenada pela secretária Wedna Miranda.

“Trabalhamos ao longo desse ano para implantar em Alagoas esses projetos, considerados importantes para o comabte desses índices de violência e que atingem os jovens de 17 a 25 anos, em risco de vulnerabilidade”, afirmou a secretária.

Segundo a coordenação do Projovem, o projeto será instalado em 11 municípios alagoanos, que estão sendo selecionados mediante orientação do governo federal de analisá-los com base no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). A iniciativa irá contemplar 3.500 jovens com idade entre 18 a 29 anos, que saibam ler e escrever, mas não tenham concluído o ensino fundamental. Os atendidos que participarem de pelo menos 75% das atividades irão receber mensalmente R$ 100, durante 20 meses.

Os 12 profissionais selecionados mediante análise de currículo estão visitando os municípios que se encontram com IDH baixo e, até o final deste mês, as cidades devem ser divulgadas para que os jovens se inscrevam já em novembro.

A princípio o Projovem ficará instalado em apenas um pólo, mas será composto de 22 pólos, dois por município, cada um com 318 alunos e, no total, 154 educadores ministrarão as aulas do ensino fundamental. O monitoramento em Alagoas será feito pela Universidade Federal da Bahia.

O Protejo conta com uma equipe de 37 profissionais e tem por objetivo reintegrar socialmente 300 jovens de Maceió, nos bairros com maior índice de violência: Vergel do Lago, Benedito Bentes e Jacintinho, através de ações esportivas, culturais, educacionais e de capacitação profissional, que permitam a inclusão e formação cidadã voltada à prevenção de violência e a prática da cultura da paz.

Serão atendidos adolescentes e jovens com idade entre 15 a 24 anos; adolescentes e jovens egressos do sistema de Medidas Socioeducativas, independentemente do regime estabelecido e prisional; jovens em situação de rua; expostos à violência doméstica ou urbana; oriundos de famílias expostas à violência urbana e vítimas da criminalidade. “Alagoas está no 6ª posição no ranking brasileiro da criminalidade entre jovens”, lembrou a secretária.

A participação nas atividades propostas no projeto dará ao jovem direito ao auxílio financeiro de R$ 100 mensais, durante 12 meses, a ser repassado pelo Ministério da Justiça, desde que comprovada a freqüência de 75% das atividades descritas no projeto. “A partir do terceiro mês do primeiro ciclo, será obrigatória a freqüência dos jovens participantes do projeto, em atividade de elevação de escolaridade, sob pena de exclusão do Programa”, explicou a coordenadora Thays Agra.

Para o Mulheres da Paz haverá uma capacitação das mulheres que residem nos mesmos bairros do Benedito Bentes, Vergel e Jacintinho para servirem de mediadoras sociais, divulgando e implementando ações que orientem a comunidade na prevenção e redução da violência. Elas devem pertencer a grupos que tenham parentes envolvidos com situações de vulnerabilidade, público do Pronasci. Precisam ser pessoas que tenham vivenciado situação de apenamento, morte, violência doméstica ou criminal, que serão selecionadas por uma empresa a ser licitada nas próximas semanas. As selecionadas irão receber uma bolsa mensal de R$ 190.