Peritos estão em greve há 30 dias.
Há mais de um ano em negociação pelo reajuste salarial da categoria, e em greve há 30 dias, finalmente na manhã desta terça-feira, dia 18, uma comissão composta por cinco peritos criminais foi recebida por representantes do governo para discutir a pauta de reivindicações da categoria.
O presidente do sindicato, Nicolas Passos, afirmou, em entrevista ao Alagoas24horas, que a categoria – 35 em Alagoas – pretendia permanecer na porta do Palácio República dos Palmares até que fossem recebidos por representantes do governo.
A categoria reivindica Plano de Cargos e Salários, autonomia financeira para o Centro de Perícias Forenses – CPFor – criação de laboratórios forenses e aquisição de equipamentos para levantamentos de locais de crime, porte de arma e implantação de adicionais noturno e de insalubridade.
A greve da categoria deverá trazer grandes prejuízos para os inquéritos policiais instaurados no último mês, principalmente relacionados a crime de homicídio.
Em outubro deste ano, a invasão do prédio do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minério e Derivados de Petróleo, que resultou na morte do filho do presidente do sindicato, Alan Loureiro Portela, levou o secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, a solicitar a presença de peritos da Polícia Federal, uma vez que os peritos alagoanos se recusaram a atender a ocorrência.
Apenas nos 18 primeiros dias do mês de novembro foram registrados 81 assassinatos, cujos corpos foram removidos para o Instituto Médico Legal Estácio de Lima sem qualquer trabalho de perícia.