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Cinco presos fogem da Delegacia de Atalaia

Presos fugiram na noite deste domingo, 23.

Cinco, dos oito presos da carceragem da Delegacia de Atalaia, fugiram na noite deste domingo, 23, após serrarem duas grandes das celas. Os foragidos, identificados como José Fernando da Silva, José Wellington Batista, José Cícero da Silva, José Alexandre Cícero da Silva e um menor – que teria intrudizido a serra- saíram da delegacia sem serem vistos pelos dois agentes plantonistas.

O delegado titular de Atalaia, José Ailton Cavalcante, estava de plantão na Delegacia Regional de Viçosa e foi informado na manhã de hoje da fuga. Os agentes afirmaram que o prédio da Delegacia de Atalaia apresenta problemas estruturais, o que compromete o trabalho da polícia. Ainda de acordo com os agentes, há cerca de 15 dias, presos detidos na carceragem foram trazidos para Maceió para serem encaminhados ao sistema prisional, mas devido à falta de vagas, voltaram para Atalaia.

Atualmente existem três celas na delegacia, mas apenas duas estavam sendo utilizadas. Os três presos que permanece, na carceragem disseram que não fugiram porque não quiseram. Os agentes negaram que tenha havido negligência por parte dos policiais plantonistas, mas reconhecem a fragilidade da delegacia. O juiz da Comarca de Atalaia, Alfredo Mesquita, disse que foi informado no final da manhã da fuga dos presos e que está preocupado com a situação do município.

De acordo com o magistrado, a Polícia Civil no interior não é mais judiciária, não é mais investigativa, uma vez que o rodízio entre as regionais deixa apenas dois agentes por delegacia, que geralmente permanecem nas unidades cuidando do prédio e dos presos.

“Há denúncias de crimes de clonagem de veículos, de cartões de crédito, além de tráfico de entopercentes e não há quem investigue. Já denunciei a situação à Associação Alagoana dos Magistrados (Almagis) e ao secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, mas nada foi modificado”, disse Mesquita.

“Os policiais civis dizem que não são carcereiros, nós determinamos a transferência e o sistema prisional alega que não há vagas, então não vejo outra saída a não ser liberar os presos”, desabafou o magistrado.

Desde a descoberta da fuga estão sendo realizadas diligências para tentar recapturar os acusados.