Acusados vão julgamento.
Vítimas de roubo, qualificado, residentes no povoado Brejinho, no município de São Sebastião, estão apreensivas com a possibilidade de absolvição dos réus Paulo César Marinho, Valmir José dos Santos e Ediraldo de Lira Santos, denunciados pelo Ministério Público de Alagoas, por roubo duplamente qualificado (art. 157, parágrafo segundo, incisos I e II, do Código Penal).
De acordo com o promotor de Justiça Max Martins, as vítimas – o aposentado José Quaresma, de 69 anos, esposa, cunhada e motorista – choraram compulsivamente, durante audiência realizada ontem, revelando temor pelas suas integridades físicas, pois foram ameaçadas de morte pelos acusados. “As vítimas só vieram ao Fórum porque a policia foi buscá-las, tamanho o medo das mesmas em relação aos réus, que reconheceram seguidas vezes”, ressaltou o promotor de Justiça.
Segundo relato do MP alagoano, o crime aconteceu dia 1º de setembro deste ano, quando, acompanhado de seus familiares e do motorista, o aposentado foi a São Sebastião receber seu dinheiro. Na volta para casa, o carro foi fechado pelos assaltantes, todos armados, que constrangeram as vitimas, inclusive, com violência, e, além do dinheiro da da aposentadoria do idoso também roubaram subtraíram celulares e dinheiro (inclusive o da aposentadoria do idoso).
“Ocorre que os acusados foram perseguidos pela população do povoado, que conseguiu cercá-los em uma pequena grota no meio do matagal. Daí a policia foi acionada e realizou o flagrante. No momento, da prisão, eles ainda estavam com as armas, capuzes e todo o material do roubo. A população que estava revoltada com o crime só não fez justiça com as próprias mãos graças a chegada da polícia”, informou o promotor de Justiça.
Max Martins já está preparando suas alegações finais para encaminhamento ao juiz do caso, Jairo Xavier, que deve decidir pela absolvição ou condenação dos réus até a próxima sexta-feira. “Condenações criminais na cidade de São Sebastião não são muito comuns, mas, neste caso, estamos apostando em uma sentença condenatória, posto que as provas são irrefutáveis e o crime está totalmente esclarecido. Portanto, o Ministério Público acredita na sensibilidade do Judiciário para que a impunidade não prevaleça e não alimente ainda mais o medo de denunciar”, ressaltou Max Martins, que está investigando qual a razão do galopante crescimento da violência no município, bem como o grande número de réus foragidos da Justiça local.