Cerca de 1.200 convidados --entre ministros de Estado e de Tribunais Superiores, parlamentares e integrantes do corpo diplomático, que estarão representando seus países-- assistirão a solenidade no Congresso, que deve durar 1 hora e meia.
Com a trégua da chuva, que deixou de cair sob Brasília, começou a cerimônia da posse do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice, José Alencar. Por conta do mau tempo, o cerimonial do Palácio chegou a cogitar a fazer em carro fechado o desfile que sairia da Catedral de Brasília, passando pela Esplanada dos Ministérios, até o Congresso.
As ruas da cidade ficaram vazias e poucas pessoas se concentram na praça dos Três Poderes, onde haverá mais tarde uma festa popular para comemorar a segunda posse do presidente.
No desfile, Lula foi acompanhado da primeira-dama dona Marisa, do vice, José Alencar, e da sua mulher, Mariza. Os automóveis são escoltados por batedores do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, e pelos Dragões da Independência.
Ao chegarem ao Congresso, Lula e Alencar subirão a rampa e serão recebidos pelos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PC do B-SP), na entrada principal. Em seguida, seguirão para o plenário da Câmara, onde se dará a posse.
Cerca de 1.200 convidados –entre ministros de Estado e de Tribunais Superiores, parlamentares e integrantes do corpo diplomático, que estarão representando seus países– assistirão a solenidade no Congresso, que deve durar 1 hora e meia.
No plenário da Câmara, Lula e Alencar ouvirão o hino nacional, executado pela Banda de Fuzileiros Navais, e em seguida prestarão o compromisso constitucional. Caberá ao primeiro-secretário fazer a leitura do termo de posse, que será assinado pelo presidente Lula, pelo vice-presidente José Alencar e pelos parlamentares que integram a Mesa.
Em seguida, Renan irá declarar os dois empossados e o presidente Lula fará seu primeiro pronunciamento, seguido de um breve discurso do presidente do Senado, que dará por encerrada a sessão.
Neste discurso, Lula deve afirmar que a violência urbana é um problema grave e que combatê-la será um desafio prioritário de seu novo mandato.
Lula afirmará ainda que cumpriu compromissos de quatro anos atrás, reduzindo a fome e a desigualdade social e pedirá "urgência" nas reformas política e tributária, que precisam ser votadas pelo Congresso.
Ele voltará também a reafirmar que a educação será a sua prioridade, listando ações do primeiro mandato (Prouni) e outras que terão efeito no segundo governo (Fundeb).
Após deixarem o Plenário da Câmara, o presidente Lula e o vice-presidente José Alencar se dirigem à rampa principal do Congresso, onde ouvirão mais uma vez o hino nacional, com a salva de 21 tiros de canhão. Antes de seguir para o Palácio do Planalto, Lula passará em revista a tropa mista do Exército, Marinha e Aeronáutica.
Por volta das 17h30, terá início a segunda cerimônia. No Palácio, Lula não participará da tradicional cerimônia de transmissão da faixa presidencial. Lula colocará a faixa nele mesmo, sem nenhuma cerimônia pública. Quando Fernando Henrique Cardoso foi reeleito, em 1998, foi o chefe do cerimonial quem colocou a faixa no presidente, no dia da posse.
O presidente subirá a rampa, já portando a faixa presidencial, e se dirigirá ao Parlatório, onde fará um pronunciamento à nação, na presença dos convidados que estarão do lado externo do Palácio. No interior do prédio ficarão 500 convidados, entre familiares e autoridades, como ministros, governadores, prefeitos e chefes dos outros Poderes.
Neste segundo discurso, Lula deve repetir que a tônica do segundo mandato será "acelerar, crescer, incluir" –três palavras dos centenas de cartazes espalhados por Brasília.
Após o discurso do presidente, terá início na Praça dos Três Poderes um ato cultural com a apresentação de uma série de atrações musicais –Leci Brandão, os grupos Olodum e Surdodum, Geraldo Azevedo, Zé Mulato e Cassiano, Célia Porto e Renato Matos. Os artistas não cobraram cachê para participar do evento.
Segundo o Palácio, Lula pediu aos ministros que convidassem algumas pessoas que pudessem simbolizar as principais realizações do governo, abrangendo as mais diversas áreas, como os programas Bolsa Família, Biodiesel, Luz para Todos, e outras ações envolvendo setores prioritários como saúde, esporte e educação, entre outros.