Sem dinheiro em caixa para fazer obras de infra-estrutura e retomar a capacidade de investimentos, e com boa parte da receita comprometida pela rolagem das dívidas dos Estados, pelo menos 19 governadores tomaram posse decididos a reduzir gastos.
Sem dinheiro em caixa para fazer obras de infra-estrutura e retomar a capacidade de investimentos, e com boa parte da receita comprometida pela rolagem das dívidas dos Estados, pelo menos 19 governadores tomaram posse decididos a reduzir gastos.
Entre as primeiras medidas administrativas adotadas por vários governadores, de diferentes partidos, estão a exoneração de funcionários em cargos comissionados, revisão de contratos de licitação e de convênios, corte do número de secretarias e até mesmo a suspensão do pagamento de salários.
O "efeito tesoura" nos Estados destoa das primeiras medidas do governo federal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou o artigo da Lei de Diretrizes Orçamentárias que aplicava um redutor de 0,1% do PIB nas despesas correntes da União a partir deste ano. A medida chegou a ser defendida pelo governo no ano passado, mas foi descartada por não haver tal previsão no orçamento.
Em São Paulo, José Serra (PSDB) determinou suspensão imediata da ocupação de 15% dos cargos comissionados. No Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), lançou pacote para economizar cerca de R$ 3 bilhões.
Folha Online