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Fórum discute acesso, transporte e emprego para deficientes

No próximo dia 23, a cidade de Maceió será palco do 1º Fórum Permanente Pró-Acess, um evento que reunirá 50 convidados para debater formas de inclusão de pessoas com deficiência na sociedade, como melhorias no transporte público adaptado, acessibilidade e empregabilidade.

No próximo dia 23, a cidade de Maceió será palco do 1º Fórum Permanente Pró-Acess, um evento que reunirá 50 convidados para debater formas de inclusão de pessoas com deficiência na sociedade, como melhorias no transporte público adaptado, acessibilidade e empregabilidade.

Durante um dia inteiro, das 8h30 às 17h, o Hotel Enseada, na Pajuçara, vai receber representantes de órgãos públicos, como a Superintendência Municipal de Controle do Convívio Urbano (SMCCU), Ministério Público, Delegacia Regional do Trabalho, entre outros, que irão proferir palestras e interagir com os deficientes presentes.

O objetivo, segundo um dos organizadores do evento, Jorge Luiz Fireman Nogueira, é promover a união entre as entidades representativas e deficientes, abordando as principais dificuldades enfrentadas por essas pessoas no seu direito de ir e vir e de exercer sua cidadania.

“O Fórum mostrará para as autoridades presentes a complexidade do que é conviver com a falta de respeito e oportunidade imposta pela sociedade de um modo geral. Os deficientes devem ter acesso aos estabelecimentos que, normalmente não são adaptados para eles, e, ainda, mais opções de lazer, cultura e saúde”, afirma Nogueira.

Educador físico, atualmente cursando mestrado em Educação, Jorge Luiz se tornou cadeirante após sofrer um acidente de trânsito, há três anos. Há um ano, ele começou a pensar numa forma de tornar pública a questão da acessibilidade e de dois meses pra cá iniciou a organização do Fórum.

“Antes do acidente, eu já tinha conhecimento das dificuldades pelas quais passa um deficiente, pois tenho uma pessoa com deficiência visual na família. Agora, eu reivindico condições dignas de sobrevivência e, com isso, ajudo a todos, pois só quem necessita é que sofre com o problema”, declara o educador físico.

Por tudo isso, Jorge Luiz vê na sensibilização a melhor maneira para promover a inclusão desse segmento na sociedade. Durante sua palestra, logo na abertura do Fórum, o educador vai mostrar fotos sobre a realidade das condições de acessibilidade em Maceió que, segundo ele, está ainda muito distante das cidades de São Paulo e Curitiba, onde existe melhor estrutura física e políticas voltadas para os deficientes.

Segundo Jorge, uma das maiores queixas dos deficientes em Maceió é em relação ao transporte público. A alegação é que a frota de ônibus adaptado já é reduzida e os poucos que circulam estão com o equipamento quebrado.

No âmbito do mercado de trabalho a questão gira em torno da capacitação profissional. Apesar da lei que determina cotas para contratação de deficientes nas empresas, os empregadores alegam que não há capacitação. “Muitos deficientes têm nível superior e pós-graduação e também não conseguem emprego. Temos que saber até que ponto é falta de capacitação ou não absorção do mercado de trabalho”, questiona Jorge, ressaltando que o Fórum será apenas o primeiro passo e que, após o evento, será encaminhada uma Carta Manifesto a todos os órgãos competentes.