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Padre proíbe encenação da Paixão de Cristo e gera impasse

Para padre, dia deve ser dedicado à reflexão, jejum e oração. A ordem pegou de surpresa os católicos.

Sob o argumento de que o evento descaracteriza o verdadeiro sentido de reflexão da Sexta-feira Santa, o padre Rui Rodrigues Silva, de Vera Cruz, na região de Marilia (SP), proibiu a encenação da Paixão de Cristo, prevista para o dia 6 de abril, na praça em frente à Igreja Sagrado Coração de Jesus.

A ordem pegou de surpresa os católicos locais e principalmente os 300 participantes – atores e figurantes – da apresentação religiosa. O diretor do grupo, Clodomiro Alda, disse que foi surpreendido e não tem como transferir o evento para o estádio municipal e outra data, como sugere o padre.

Silva procura minimizar os impactos da sua ordem, dizendo que não proibiu, mas determinou apenas a transferência de data e local. Admite-se conservador e diz que sua ordem tem por objetivo preservar os símbolos religiosos da data, e que o dia da Paixão deve ser dedicado à reflexão, jejum e oração, impossíveis de se praticar com a apresentação teatral.

Alda e os integrantes do grupo discordam e buscam uma solução para o impasse. A Paixão de Cristo, encenada desde 1990, já se tornou um evento turístico e atrai aproximadamente 10 mil visitantes a Vera Cruz, que tem 11 mil habitantes.

*Com informações da I Mirante e Agência Estado.

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