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Posse de suplentes muda correlação de forças no Senado

A posse dos suplentes no Senado mudou a composição de forças da Casa. O PMDB passou a ter a maior bancada, com 20 senadores, e superou o PFL, com quem disputava a liderança.

A posse dos suplentes no Senado mudou a composição de forças da Casa. O PMDB passou a ter a maior bancada, com 20 senadores, e superou o PFL, com quem disputava a liderança. As duas legendas saíram das eleições em outubro com 18 parlamentares cada. De lá para cá, no entanto, o PFL perdeu um representante e agora terá uma bancada com 17 nomes.

Os números beneficiam o PMDB na disputa pela presidência do Senado. O partido disputa com o PFL a vaga. Os candidatos são os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), que tenta a reeleição, e José Agripino Maia (PFL-RN). O pefelista vinha sustentando sua candidatura com o argumento de que o partido tem a maior bancada e o princípio da proporcionalidade garante ao PFL disputar a presidência. Quadro que agora se alterou.

Ao contrário da Câmara, no Senado o que vale para definir quem tem a maior bancada –e conseqüentemente a presidência da Casa– é o número de parlamentares em cada partido no dia da posse, ou seja, em 1º de fevereiro. Por enquanto, o PMDB está na frente.

Os deputados definiram que a conta deve ser feita com base na data da eleição, em outubro, para evitar o troca troca partidário. Neste caso, o PMDB, que elegeu 89 deputados, tem oficialmente a maior bancada na Câmara, mesmo que outro partido supere este número.

O PSDB manteve-se como o terceiro maior partido do Senado, com 13 senadores. O PT, que saiu das urnas com dez senadores, hoje tem onze. Nas contas dos governistas, a base aliada do governo no Senado conta com 50 nomes, contra 31 da oposição.

O número, no entanto, na avaliação do líder do governo na Casa, senador Romero Jucá (PMDB-RR), não garante tranqüilidade ao Planalto. Segundo ele, as matérias continuarão sendo negociadas ponto a ponto.

"A vantagem matemática cresceu mas ainda é pequena. Então, nós temos que sobrepor a vantagem matemática com a vantagem política da negociação", disse.

Câmara

Na Câmara, os maiores partidos são PMDB (89), PT (83), PSDB (66) e PFL (65). No total, 25 suplentes assumiram mandatos em substituição a parlamentares que se elegeram ou foram convidados para outros cargos, mas as alterações não mudam a composição de forças na Casa porque a maioria dos suplentes só fica no cargo até 31 de janeiro.

Dos suplentes, apenas cinco devem continuar deputados depois de 1º de fevereiro, quando se inicia a próxima legislatura. Nesta lista estão: Sérgio Carneiro (PT-BA), Beto Faro (PT-PA), Jorge Tadeu (PMDB-SP), Silvio Torres (PSDB-SP) e Fernando Chucre (PSDB-SP). Os dados são oficiais da Câmara.

Folha Online