Vilma estava há nove dias no Hospital São Bernardo, em Aparecida de Goiânia (GO). Por volta das 17h, foi levada por agentes policiais para a Casa de Prisão Provisória (CPP).
A dona-de-casa Vilma Martins, que cumpre pena pelo seqüestro do menino Pedrinho, voltou a cumprir pena em regime fechado. A sentença da Vara de Execução Penal saiu na tarde desta terça-feira. O juiz Eder Jorge entendeu que há indícios suficientes para considerar que Vilma cometeu falta grave no cumprimento da pena em regime semi-aberto.
Vilma estava há nove dias no Hospital São Bernardo, em Aparecida de Goiânia (GO). Por volta das 17h, foi levada por agentes policiais para a Casa de Prisão Provisória (CPP).
No relatório encaminhado à Justiça, a Casa do Albergado, onde Vilma cumpria pena em regime semi-aberto, denunciou o excesso de atestados médicos para justificar saídas. Nesta semana, em vistoria ao quarto do hospital onde ela estava, foram encontrados alimentos proibidos, como doces e bolos _Vilma sofre de hipertensão. Enfermeiros disseram que a dona-de-casa estaria jogando fora medicamentos prescritos.
A medida cautelar determina o retorno imediato de Vilma à Casa de Prisão Provisória, onde ela terá acompanhamento médico e receberá tratamento. Antes da sentença definitiva, para garantir o direito de defesa, o juiz precisa ouvir Vilma. A audiência foi marcada para 16 de janeiro. Até lá, ela deve ficar na enfermaria da CPP.
Vilma foi condenada a 15 anos de prisão pelo seqüestro de dois bebês: Pedrinho, em 1986, e Aparecida Fernanda, em 1979. Ela já cumpriu cerca de três anos de prisão, sendo o último em regime semi-aberto.
No Natal, a seqüestradora foi beneficiada por indulto, mas não voltou para a Casa do Albergado. Os advogados de Vilma apresentaram atestado médico para justificar a remoção dela para o hospital.
Na segunda-feira, a Secretaria de Justiça pediu à Vara de Execuções Penais que a dona-de-casa voltasse para o regime fechado. A alegação era que Vilma aproveitava seus problemas de saúde para justificar a ausência na Casa do Albergado. No último ano, ela apresentou 18 atestados médicos e de internação.
A saída de Vilma do hospital foi tumultuada. Acompanhada de uma equipe médica e por policiais, ela saiu em uma cadeira de rodas e sem esconder o rosto. Duas mulheres que xingaram Vilma se envolveram em uma briga com uma neta dela. Após ser separada das mulheres, a neta da seqüestradora partiu para cima de um repórter cinematográfico.