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Collor briga por gabinete maior e mais reservado no Senado

O ex-presidente Fernando Collor de Mello (PRTB) é um dos que vem disputando espaço com outros senadores para se instalar com mais conforto na Casa quando assumir o mandato em 1º de fevereiro.

Alagoas 24 Horas/Arquivo

Collor volta ao poder com apenas 28 dias de campanha

Enquanto na Câmara a disputa é pela presidência da Casa, no Senado a briga acirrada é por gabinetes. O ex-presidente Fernando Collor de Mello (PRTB) é um dos que vem disputando espaço com outros senadores para se instalar com mais conforto na Casa quando assumir o mandato em 1º de fevereiro.

Os mais cobiçados são os gabinetes do anexo I. O prédio é afastado do plenário e das comissões, mas garante aos seus "inquilinos" maior privacidade. Como fica longe das áreas de maior trânsito, os senadores podem se deslocar livremente sem serem incomodados, principalmente pela imprensa.

O anexo I abriga senadores de peso como o ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP), o presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati (CE), o ex vice-presidente Marco Maciel (PFL-PE) e a senadora Roseana Sarney (PMDB-MA). A Folha Online apurou que Collor tem alegado que assim como Sarney também é ex-presidente da República e tem direito a um gabinete no local.

Outra vantagem, além da privacidade, é o tamanho dos gabinetes do anexo I. As salas são bem maiores do que as do edifício principal. No Congresso, costuma-se dizer que são verdadeiros latifúndios.

Até agora, no entanto, Collor conseguiu apenas um gabinete da ala Filinto Müller, considerada uma das piores pelos parlamentares por ser longe e de difícil acesso. A sala era ocupada antes pelo senador Geraldo Mesquita (PMDB-AC), que deve mudar para o gabinete da senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), que não se reelegeu.

A distribuição dos gabinetes no Senado é regida por um ato normativo da Casa. A regra prioriza os atuais parlamentares e os que têm mais tempo de mandato. Os ex-presidentes da República estão no fim da fila das prioridades. Mas conforme um integrante da Mesa Diretora, o que vale mesmo é o poder político de quem pede o gabinete. O caso de Collor está sendo estudado.

Folha Online