Uma cena inédita em Alagoas foi presenciada por José Edílson da Silva Santos, 30. Ele é o motorista do ônibus de prefixo 5013, da empresa Cidade de Maceió, que fazia a linha Ufal/Ipioca.
Motorista do ônibus disse que teve medo de morrer
Uma cena inédita em Alagoas foi presenciada por José Edílson da Silva Santos, 30. Ele é o motorista do ônibus de prefixo 5013, da empresa Cidade de Maceió, que fazia a linha Ufal/Ipioca.
Ele conta que, por volta das 19h45, quando fazia a última viagem, parou o veículo num ponto de ônibus próximo ao Bloco João de Deus, que atende aos cursos de Economia e Letras, na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), quando foi surpreendido pela ação criminosa praticada por quatro elementos encapuzados.
“Um deles disse: sai motorista; desce todo mundo que isso é gasolina e nós vamos tocar fogo em tudo. No momento haviam quatro passageiros e nós descemos rápido. Eles jogaram a gasolina, atearam fogo e saíram correndo. A sorte foi que tinham uns carros aqui e usamos os extintores (de incêndio) para apagar. Graças a Deus apagamos”, diz o motorista.
Segundo o motorista, na pressa um deles deixou o documento de identidade cair. O RG pertence a Lucas Cavalcante Maia, de 20 anos. Um universitário, que não quis se identificar, disse que os elementos fazem parte de um grupo derrotado nas eleições do Diretório Central dos Estudantes (DCE). ”Eram estudantes daqui, eu tenho certeza”, afirmou.
Mesmo sendo uma área federal os policiais do 5° Batalhão, comandados pelo capitão Maia, estiveram no local para dar suporte.