Emissão de posse depende apenas da justiça federal.
Os trabalhadores rurais da Comissão Pastoral da Terra (CPT), que acamparam ontem pela manhã, na Praça Sinimbu, no Centro de Maceió, decidiram acatar a proposta do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Ontem, durante todo o dia representantes do movimento se reuniram com o superintende estadual do Incra, Gilberto Coutinho e o ouvidor agrário regional, Marcos Antonio Bezerra. “A proposta foi muito bem recebida pelo movimento e vamos apenas esperar o resultado da justiça federal para que as terras sejam desapropriadas”, garantiu o ouvidor agrário, acrescentando que não há prazo para a desapropriação. “A justiça federal tem vários processos para apreciar, mas acredito que neste caso ainda até março tudo esteja resolvido”.
As 35 famílias, cerca de 140 pessoas, acampadas na Praça Sinimbu, vieram do município de Porto de Pedras, litoral Norte, para reivindicar a posse da Fazenda Lucena, que tem 396 hectares e havia sido julgada improdutiva pelo Incra desde 2002.
O impasse, que acabou gerando a demora para que o processo fosse concluído, foi motivado pelo desmembramento promovido pelo proprietário, Flávio Magalhães, que dividiu a terra para os três filhos.