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Kaká nega jejum por prisão de líderes da Renascer

Atleta do Milan e da seleção brasileira diz que não se pronuncia sobre religião. Fundadores da igreja estão nos Estados Unidos e chegaram a ficar presos.

G1

Kaká, do Milan, negou jejum em nota oficial

O meia Kaká, que joga no Milan, da Itália, negou hoje, em nota oficial, que esteja fazendo um jejum em protesto contra a prisão dos fundadores da Igreja Renascer, Estevam e Sônia Hernandes, detidos nos Estados Unidos no dia 9 de janeiro quando tentavam entrar no país com US$ 56,5 mil, tendo declarado apenas US$ 10 mil. Os dois estão, desde o dia 19, em liberdade condicional – vigiada – em Boca Raton.

"Não é verdade a notícia publicada pela revista Veja do último fim de semana e republicada hoje (26) na coluna do jornalista Anselmo Gois, do jornal O Globo", diz a nota.

"Kaká não está fazendo jejum ou mesmo greve de fome. Ele é um atleta profissional e sabe o quanto seu desempenho seria afetado por tal atitude. O jogador Kaká não se pronunciará sobre sua religião, pois considera este um assunto particular."

Estevam e Sônia são acusados pelos crimes de "contrabando de divisas" e "não declaração" na alfândega. "Os réus são residentes permanentes nos EUA e, se condenados, serão extraditados após cumprirem sua pena de prisão nos EUA. Após esse período, eles retornariam ao Brasil para responder aos processos", diz o texto do processo.

O casal deveria ter se apresentado à Justiça norte-americana na quarta-feira, dia 24, mas a audiência foi adiada para o dia 29. Esse é o prazo máximo para que a audiência seja realizada, já que, pela legislação vigente nos EUA, a decisão de indiciamento precisa sair só até 20 dias após o início do processo.

Caso sejam condenados nos EUA, Sonia e Estevam terão, no entanto, de cumprir a pena de prisão no país antes de serem extraditados para o Brasil. Na segunda-feira (22), o governo brasileiro entregou ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos o pedido de prisão, para fins de extradição.