Categorias: Política

Suspeito de contratar ‘fantasmas’ toma posse na Câmara

Suspeito de contratar funcionários fantasmas na Assembléia Legislativa de São Paulo, Geraldo Tenuta (PFL), mais conhecido como Bispo Gê, tomou posse nesta quinta-feira na Câmara dos Deputados. Bispo da Igreja Renascer, o deputado substitui Walter Feldman (PSDB-SP), que deixou a Câmara para assumir a secretaria de Esportes da cidade de São Paulo.

Bispo ‘Gê’ não quis falar sobre os funcionários fantasmas

Suspeito de contratar funcionários fantasmas na Assembléia Legislativa de São Paulo, Geraldo Tenuta (PFL), mais conhecido como Bispo Gê, tomou posse nesta quinta-feira, na Câmara dos Deputados. Bispo da Igreja Renascer, o deputado substitui Walter Feldman (PSDB-SP), que deixou a Câmara para assumir a secretaria de Esportes da cidade de São Paulo.

Bispo Gê é suspeito de nomear parentes dos fundadores da Renascer – Estevam e Sônia Hernandes – como funcionários fantasmas da Assembléia Legislativa paulista.

Pelo menos oito pessoas ligadas à igreja teriam trabalhado para ele, entre elas Felippe Daniel Hernandes e Fernanda Hernandes Rasmussen, filhos de Estevam e Sônia Hernandes, e o marido de Fernanda, o ex-modelo Douglas Rasmussen.

Após assumir o cargo de deputado federal, Bispo Gê minimizou as acusações e disse que não espera retaliação dos colegas de Câmara. "Muitos dos colegas me conhecem da Assembléia Legislativa de São Paulo e sabem do meu trabalho", afirmou.

Logo em seguida, foi abraçado e cumprimentado pelo deputado Cândido Vacarezza (PT-SP), principal articulador da eleição de Arlindo Chinaglia (PT-SP) à presidência da Câmara. "Meus parabéns", disse Vacarezza.

Bispo Gê voltou a se defender. "As pessoas que trabalhavam no meu gabinete pertenciam ao meu meio político, ajudaram na minha campanha em 2002, e nada mais justo do que trabalharem comigo", disse. E negou que as pessoas nomeadas não apareciam para trabalhar. "Todos trabalhavam. Se tem alguém aqui que trabalha, somos nós".

R$ 1 milhão

Os parentes do casal Estevam e Sônia Hernandes, contratados por Bispo Gê, podem ter recebido juntos pelo menos R$ 1 milhão dos cofres públicos no período em que ocuparam cargos "fantasmas" na Assembléia Legislativa de São Paulo. A conta não considera as gratificações que o grupo teria recebido, que aumenta o valor em 70%.

A lista dos funcionários "fantasmas" ligados à Igreja Renascer já tem oito nomes. Além dos filhos Fernanda Hernandes Rasmussen e Felippe Daniel Hernandes, e do genro Douglas Rasmussen, outros cinco familiares de Estevam e Sônia foram nomeados para cargos comissionados e receberam salários e benefícios sem precisar cumprir expediente.

As nomeações no gabinete do deputado Geraldo Tenuta, conhecido como Bispo Gê, eram distribuídas em esquema de rodízio.