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Sepultamento de universitária morta no Francês acontece na manhã de hoje

O sepultamento da universitária Carla Andréia Almeida de Melo, 20, - que morreu ao despencar de uma tirolesa, na Praia do Francês – ocorre agora pela manhã, na cidade de Capela, distante 65 quilômetros de Maceió. Carla Andréia é natural de Capela e estava no Francês com o namorado e familiares para comemorar a aprovação no vestibular.

O sepultamento da universitária Carla Andréia Almeida de Melo, 20, – que morreu ao despencar de uma tirolesa, na Praia do Francês – ocorre agora pela manhã, na cidade de Capela, distante 65 quilômetros de Maceió. Carla Andréia é natural de Capela e estava no Francês com o namorado e familiares para comemorar a aprovação no vestibular.

A garota morreu ao saltar da tirolesa instalada na Praia do Francês. A tirolesa é um equipamento usado em esportes radicais que consiste em duas torres – uma mais alta que a outra – interligadas por uma corda de poliamida. Os esportistas que praticam o salto pulam da torre mais alta, e são levadas – por um mecanismo denominado mosquetão – até a outra extremidade, ou seja, a torre mais baixa.

Durante o salto, o mosquetão que levava Carla Andréia se abriu e ela despencou em queda livre. O equipamento estava instalado no Francês há mais de um ano. Carla Andréia cursaria Relações Públicas na Universidade Federal de Alagoas e como presente pela aprovação tinha ganhado um dia de lazer na Praia do Francês.

Na manhã de hoje, o capitão do Corpo de Bombeiros, Buriti, admitiu a possibilidade de falha do equipamento e disse que a corda de poliamida estava sendo submetida a uma situação de desgaste que pode prejudicar o equipamento, como a exposição aos raios solares e da água salgada. “Ainda não podemos afirmar com certeza o que tenha causado o acidente, mas ao que tudo indica o mosquetão falou na hora do salto e ela caiu em queda livre. Foi uma queda violenta de 15 metros de altura”.

Buriti criticou ainda a falta de legislação no Brasil para tais equipamentos. “Até nós do Corpo de Bombeiros não estamos sob legislação para comprar estes equipamentos e procuramos seguir normas americanas e européias”, destacou o capitão. Buriti disse que a causa do acidente será determinada pela perícia.

Proprietário da tirolesa

O proprietário da tirolesa, Rui Talceda Hecker, se encontra preso e não foi arbitrada fiança pela equipe plantonista. O procedimento pode ser ou não tomado pelo delegado de Marechal Deodoro, Edésio Costa. Hecker – conforme informações da Polícia Civil de Alagoas – responderá por homicídio culposo.

Em entrevista a imprensa, Hecker disse que o acontecido “foi uma fatalidade”. “Não sei como isto aconteceu. A manutenção do equipamento é diária e as trocas constantes. O que imagino é que a moça que saltou tenha posto a mão e aberto o mosquetão, talvez por medo. Os funcionários eram experientes. Enfim, não há uma explicação. É uma fatalidade”, explicou.

Hecker disse ainda seguir diversas normas de segurança e frisou a revisão diária da tirolesa. “Estou arrasado. Eu queria espalhar alegria e não esta tragédia que ocorreu”, colocou. Esta é a segunda temporada da tirolesa na Praia do Francês. A primeira se deu em 2006. Conforme o próprio Hecker, este foi o primeiro acidente ocorrido.