O acordo prevê o afastamento imediato do tenente Armando Leite, que assume a direção geral do cadeião, e do chefe de disciplina, James Magno.
Depois de quase duas horas de negociações, terminou, agora há pouco, a rebelião na Casa de Custódia, conhecida como cadeião. Para que os detentos soltassem o último refém, foi feito um acordo que prevê a saída de um diretor e do chefe de disciplina do presídio.
O acordo prevê o afastamento imediato do tenente Armando Leite, que assume a direção geral do cadeião, e do chefe de disciplina, James Magno. Segundo a Superintendência de Ressocialização, os novos ocupantes dos cargos serão anunciados na próxima semana.
Outra reivindicação atendida é o aumento do banho de sol, que antes era de 20 minutos e agora passará a ser de duas horas. Além disso, a direção do presídio melhorará a alimentação fornecida e permitirá as visitas íntimas alternadas por módulo.
A rebelião começou por volta das 15h, quando dois agentes penitenciários levavam alguns presos para a enfermaria e as celas se abriram. A movimentação foi intensa e mobilizou detentos de um módulo inteiro, que é ocupado por mais de cem reeducandos.
As negociações foram feitas com quatro reeducandos, que ameaçavam os agentes com armas artesanais. O primeiro a ser libertado foi o Luis Henrique e, agora há pouco, o cabo Alexandre Feitosa foi liberado. Os dois tiveram atendimento médico e passam bem.
Depois da rebelião, os presos estão devolvendo as armas artesanais utilizadas e, amanhã, será feita uma revista nas celas.
A correria da rebelião deixou um agente penitenciário ferido – que atirou em si mesmo. O mesmo incidente ocorreu nesta manhã com o tenente Armando, que atirou na coxa, no momento em que saia do estacionamento do presídio.
Na próxima sexta-feira, os integrantes da Associação Pastoral Carcerária, Apac, se encontram para discutir medidas que ajudem os detentos do Sistema Prisional de Alagoas.
O grupo passará o final de semana com o representante da Confederação Nacional dos Bispos, o padre Güinter, que esteve em Maceió quando os integrantes da Apac foram feitos reféns no Presídio Baldomero Cavalcante.
Depois do encontro, o grupo começará a visitar as unidades de detenção em Alagoas, para verificar a situação dos presos.
Atualizado às 18h18