De acordo com a Seap, devido à pesca predatória, nos últimos anos houve uma queda acentuada na produção nacional de lagosta, passando de 11.000 toneladas em 1991 para somente 6,9 mil toneladas em 2005.
O Banco do Nordeste deve disponibilizar em 2007 de R$ 11 milhões a R$ 15 milhões para pescadores artesanais de lagosta do Nordeste. A avaliação é do presidente do BNB, Roberto Smith, que recebeu, no último dia 15, na sede do Banco, em Fortaleza (CE), o titular de Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap) do Governo Federal, Altemir Gregolin, para tratar do assunto.
Na ocasião, as instituições criaram grupo de trabalho com o objetivo de ampliar os financiamentos do Banco ao setor, e sinalizaram a formalização de convênio para discutir estratégias para o desenvolvimento da pesca.
Os créditos para os lagosteiros serão no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf – grupos C e D), destinados à compra de manzuás (instrumentos adequados à pesca sustentável da lagosta), devendo beneficiar centenas de pescadores em todo o Nordeste, além de fortalecer a cadeia produtiva do crustáceo. De acordo com a Seap, devido à pesca predatória, nos últimos anos houve uma queda acentuada na produção nacional de lagosta, passando de 11.000 toneladas em 1991 para somente 6,9 mil toneladas em 2005.
As taxas de juros para os investimentos são de 3% ao ano e os financiamentos de até R$ 10 mil dispensam garantias. “Além do crédito, uma das medidas que vamos adotar, juntamente com os Ministérios do Trabalho e do Desenvolvimento Social, é a implementação de cursos de capacitação para outras alternativas de renda, como: pesca de atum, cultivo de algas, produção de ostras, artesanato e turismo”, informa o ministro.
Ele ressalta que a parceria com o BNB é estratégica na medida em que, com sua capilaridade, o Banco chega até a maioria das comunidades de pescadores. “O Banco do Nordeste tem uma preocupação que não é meramente econômica, mas é também social, e quer, junto conosco, construir alternativas de crédito e de estruturação da cadeia produtiva da pesca e da aqüicultura”, afirmou.
Para Roberto Smith a pesca é extremamente importante devido ao potencial da Região e precisa ser desenvolvida. “Manifestei ao ministro o interesse do Banco em financiar a estruturação de pequenos portos de pesca e, sobretudo, de se começar a trabalhar a formação de pescadores profissionais para a pesca oceânica”, declara.