Com a característica de ser uma política a baixo custo, o projeto conta com um investimento de apenas R$10,32 anuais por criança. Além disso, está prevista no orçamento deste ano uma verba cinco vezes maior que a do ano passado, ou seja, de R$ 100 mil, o projeto passará a receber cerca de R$ 500 mil. A meta é atender a um milhão de estudantes em 2007.
Inserção social e aceleração do desenvolvimento cognitivo. Esses são apenas alguns dos inúmeros benefícios proporcionados pelo jogo de xadrez, que por meio do programa governamental Xadrez nas Escolas, vem ganhando espaço na rede de ensino público do País. Com a característica de ser uma política a baixo custo, o projeto conta com um investimento de apenas R$10,32 anuais por criança. Além disso, está prevista no orçamento deste ano uma verba cinco vezes maior que a do ano passado, ou seja, de R$ 100 mil, o projeto passará a receber cerca de R$ 500 mil. A meta é atender a um milhão de estudantes em 2007.
Em prática desde 2004, o Xadrez nas Escolas atualmente abrange 50 instituições de ensino de 25 unidades federativas, ou seja, 1250 entidades de ensino no total. Com o aumento no orçamento, a previsão é fazer convênio com os governos de mais dois estados e aumentar o atendimento para 100 escolas por unidade federativa. Cada escola atende em média 350 alunos com o programa. O Xadrez nas Escolas é desenvolvido por uma parceria entre o Ministério do Esporte, o Ministério da Educação e as secretarias estaduais de esporte e educação.
O xadrez é uma prática que ajuda a criança a desenvolver o pensamento lógico, a memória, e colabora no entendimento de matérias como matemática. “Além de ser importante para o desenvolvimento cognitivo das crianças, o xadrez possui um papel de sociabilização dentro e fora da sala de aula, afinal, meninos e meninas de todas as idades podem jogar”, complementa Sólon Pereira, coordenador nacional do projeto.
Para facilitar o treinamento dos professores, o Xadrez nas Escolas firmou um convênio com o Centro de Excelência de Xadrez e a Universidade Federal do Paraná. Por meio da parceria, foi feito um software constantemente atualizado contendo o método apropriado para o treinamento de professores e de multiplicadores, que pode ser acessada à distância por meio da internet. Só no ano passado, 1250 professores foram capacitados em cada um das escolas atendidas no Brasil.
Além disso, os professores capacitados são avaliados e recebem um certificado. O programa também conta anualmente com 25 eventos interescolares estaduais, 25 visitas dos grandes mestres, um torneio entre escolas do Mercosul e eventos virtuais pela internet.
Para Alexandre Direne, professor adjunto da Universidade Federal do Paraná e um dos responsáveis pelo apoio computacional ao Xadrez nas Escolas, o jogo tem sua importância por ser eurístico, ou seja, depender de um raciocínio lógico, estratégico e intuitivo. “Não é uma prática de sorte ou azar. A criança precisa encontrar uma solução para o problema e definir uma estratégia. Desta forma, o xadrez possui parâmetros matemáticos importantes para a evolução intelectual infanto-juvenil”, explica o professor.