Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) estão analisando matérias-primas alternativas para a produção de biodiesel. O biodiesel é considerado como um substituto dos combustíveis fósseis e uma alternativa ao diesel, material mais consumido no País, com cerca de 40 bilhões de litros por ano.
Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) estão analisando matérias-primas alternativas para a produção de biodiesel. Desde o ano passado, o Laboratório de Controle de Processos (LCP) vem trabalhando para obter o combustível através de óleos utilizados na fritura de alimentos e de gordura animal descartada pela indústria frigorífica.
O biodiesel é considerado como um substituto dos combustíveis fósseis e uma alternativa ao diesel, material mais consumido no País, com cerca de 40 bilhões de litros por ano. O governo brasileiro incentiva a produção do produto como alternativa de renda para pequenos produtores.
O professor Marintho Bastos Quadri, um dos coordenadores do projeto, explica que a pesquisa incentiva as características econômicas de Santa Catarina. O Estado possui muitos frigoríficos, e o aproveitamento dos resíduos dessa indústria pode gerar uma economia para pequenos produtores, além de ajudar a resolver um grave problema ambiental do Estado.
"Focamos nessas duas fontes porque seriam ideais para a produção de biodiesel", afirma Quadri. "A indústria produz quantidades apreciáveis de resíduos graxos provenientes da preparação de alimentos, além do material gerado no setor frigorífico".
De acordo com os pesquisadores, o óleo de fritura e a gordura animal são alternativas viáveis. Mas o fato de encontrar outras matérias-primas ainda não é suficiente ainda para aumentar a produção de biocombustível. "É preciso tornar a produção sustentável, tanto no aspecto econômico quanto no ambiental", destaca Quadri.
Em 2005, o Congresso Nacional aprovou uma lei que torna obrigatória, a partir do próximo ano, a adição de 2% de biodiesel ao óleo diesel vendido no Brasil. Em 2013, esse percentual deverá chegar a 5%, o que exigirá produção interna de mais de 2 bilhões de litros de biodiesel.