A rua Cincinato Pinto, que servia de escoamento do fluxo de veículos, está novamente bloqueada por integrantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação.
Trânsito lento e congestionado é o que os motoristas encontram no Centro de Maceió. Além das ruas interditadas pelas obras de drenagem, a rua Cincinato Pinto, que servia de escoamento do fluxo de veículos, está novamente bloqueada por integrantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação.
Em frente ao Palácio República dos Palmares, os manifestantes montaram tendas e levaram cadeiras para continuar o protesto. Quanto à convocação dos servidores publicada hoje em Diário Oficial, o diretor jurídico do Sinteal, Jailton Lira, diz que o sindicato não se posicionou em relação à decisão do juiz Cláudio Lopes. “Ninguém vai descumprir a liminar, mas nós temos uma agenda de atividades da paralisação e vamos cumpri-la”, afirmou.
Para reverter a situação, o Sinteal entrou, nesta tarde, com um agravo de instrumento no Tribunal de Justiça, pedindo que seja julgado o mérito da ação de ilegalidade da greve movida pelo Estado, que pune o sindicato em R$ 10 mil por cada dia em paralisação.
De acordo com a agenda de paralisação, o movimento tem uma reunião nesta quarta-feira, às 9 horas, com os diretores de escolas, no Sindicato dos Urbanitários. Na quinta-feira, será realizada uma assembléia com servidores aposentados, às 9 horas, no Sinteal.
Na sexta-feira será realizada uma reunião para avaliar a paralisação e, na segunda-feira, será realizada uma caminhada do Clube Fênix à praça Sinimbu, que prosseguirá com a participação de todos os sindicatos ligados à Central Única dos Trabalhadores, em um ato público marcado para as 10h30.
Com a liminar, o secretário de Educação, Fábio Farias, publicou hoje em Diário Oficial, a convocação dos servidores. A portaria determina o retorno imediato dos servidores aos seus cargos e funções, “sob pena de corte nos valores dos subsídios e abertura de Processo Administrativo Disciplinar por abandono do cargo”.
O protesto da Educação, incluindo a greve de professores e servidores, dura mais de 40 dias e começou na segunda quinzena de janeiro, quando o governador Teotonio Vilela Filho publicou o decreto 3.555 e suspendeu o pagamento dos reajustes concedidos a diversas categorias de servidores públicos.
A medida foi revogada, mas os professores não tiveram o pagamento dos 80% da isonomia salarial, como era esperado. Na última negociação, o governo chegou a oferecer o pagamento de 40% da isonomia, o que não foi aceito pela categoria.