O que elevou o Brasil para a terceira posição no ranking mundial foi um aumento no consumo dos produtos do setor no mercado brasileiro, o que representou um crescimento de 26% em dólares, contra um crescimento estimado de 1,2% no mercado global.
O Brasil subiu da quarta para a terceira posição no ranking mundial de consumo de cosméticos, desbancando países como a França, a Alemanha e a Inglaterra. O dado é do Instituto de Pesquisas Euromonitor, responsável pelo levantamento do consumo de cosméticos no mundo.
O que elevou o Brasil para a terceira posição no ranking mundial foi um aumento no consumo dos produtos do setor no mercado brasileiro, o que representou um crescimento de 26% em dólares, contra um crescimento estimado de 1,2% no mercado global.
Em 2005, o Brasil já havia desbancado mercados tradicionais, como a Alemanha e a Inglaterra. Agora, com vendas no valor de US$ 18,2 bilhões, superou também o mercado francês ficando atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão, que ocupam respectivamente o primeiro e o segundo lugar.
Há dois anos, o Sebrae têm desenvolvido diversas ações que vem impulsionando cada vez mais as pequenas indústrias do setor no Brasil. As ações são realizadas por meio de um convênio firmado com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abhipec) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
De acordo com a coordenadora nacional da carteira de projetos de cosméticos do Sebrae, Regina Diniz, antes de 2005, o Sebrae já atuava no segmento, mas de forma isolada em alguns estados. “Com o convênio, essas ações foram ampliadas e intensificadas, como no caso, da regularização sanitária, considerada um dos grandes problemas enfrentados pelo setor. A regularização sanitária é o registro obrigatório exigido pela a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a fabricação de cosméticos. Muitas empresas ficam na informalidade por não possuírem esse registro”, afirma.
Em Salvador, o Sebrae local conseguiu tirar várias empresas da informalidade, na categoria sanitária. Empresas que viviam na informalidade, por não terem o registro da Anvisa, hoje já podem produzir seus produtos com tranqüilidade, já que estão seguindo todas as exigências feitas para o setor. Com o convênio, o Sebrae saltou de três para sete projetos que acompanha no setor de cosméticos.
Entre as ações desenvolvidas pelo Sebrae está a realização de diagnósticos e planejamentos estratégicos em nove estados do País; promoção da adequação das pequenas empresas às exigências da Anvisa e as Boas Práticas de Fabricação; sensibilização das unidades do Sebrae na Federação; aproximação dos elos da cadeia produtiva; identificação das necessidades dos insumos necessários para a indústria; entre outras. “O Brasil pode chegar, em breve, a segunda colocação no ranking mundial. Para isso, o setor vem com muita dinâmica e potencialidade”, afirma Regina Diniz.
Nos últimos cinco anos, as exportações do setor de cosméticos tiveram um crescimento acumulado de 138%, atingindo US$ 484,4 milhões. Em 2006, a valorização do real em relação ao dólar provocou alta nas importações do setor, que subiram 39%, se comparadas ao ano anterior, chegando a US$ 294,5 milhões.
No mercado interno, a indústria do setor também registrou bons resultados, com um aumento de 5,6%, em volume, e 14% em faturamento. Para este ano, a Abhipec estima que o setor cresça aproximadamente 12%. A previsão é de que os investimentos se mantenham em US$ 100 milhões, ao ano, até 2010, e sejam direcionados prioritariamente à expansão das fábricas já instaladas.
Para dar conta dessa produção, a indústria da beleza é um dos setores da economia que mais emprega mão-de-obra feminina no Brasil. As oportunidades de trabalho, somando profissionais de beleza, como cabeleireiros, manicures, esteticistas, vendedores em lojas de franquia e revendedores de produtos se aproximam da casa dos 3 milhões.