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Protesto anti-Bush reúne mais de 6 mil na Av. Paulista

Cerca de 6 mil pessoas bloquearam toda a pista sentido Consolação da Avenida Paulista, na Zona Sul de São Paulo, por volta das 16h desta quinta-feira,8, em protesto contra a visita do presidente dos EUA, George W. Bush, ao Brasil.

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Cerca de 6 mil pessoas bloquearam toda a pista sentido Consolação da Avenida Paulista, na Zona Sul de São Paulo, por volta das 16h desta quinta-feira,8, em protesto contra a visita do presidente dos EUA, George W. Bush, ao Brasil.

Segundo a Polícia Militar, às 15h50, havia 6 mil pessoas no local. Os organizadores planejam reunir 10 mil no protesto.

As quatro faixas da Avenida Paulista, no sentido Consolação, foram ocupadas pelos manifestantes. Os 110 policiais militares que participam da operação tentam conter o grupo, evitando que o protesto afete o trânsito no sentido contrário. O comandante da operação, Capitão Benjamim Francisco Neto, afirmou que houve reforço de policiamento na frente aos restaurantes da rede de fast-food McDonald’s, do antigo prédio do Bank Boston e do Citibank.

A palavra de ordem mais comum, estampada em bandeiras e faixas, é “Fora Bush e sua política do Brasil e da América Latina”. No local, três carros de som estão posicionados para acompanhar a caminhada. A União Nacional do Estudantes (Une) pretende queimar um boneco que representa o presidente americano quando a caminhada alcançar o vão livre do Masp.

O comandante do Policiamento de Choque Metropolitano, Joviano Conceição Lima, afirmou no começo da tarde desta quinta-feira que a Polícia Militar não vai tolerar o fechamento da Avenida Paulista. "Não é racional fechar a Paulista, que é um corredor hospitalar importante", disse Lima. Ele ressaltou, entretanto, que entende o caráter democrático das manifestações e disse que a polícia vai atuar "com carinho" para preservar a população.

O policiamento na Avenida Paulista está sendo realizado por duas companhias e um esquadrão dos batalhões de Choque e da Cavalaria. O protesto é organizado por grupos feministas e 32 entidades nacionais que integram a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), entre elas, a União Nacional dos Estudantes (UNE), o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Greenpeace

Pela manhã. Cerca de 30 manifestantes do Greenpeace, organização não-governamental de proteção ao meio-ambiente, fizeram uma manifestação no Monumento às Bandeiras para criticar o encontro entre os presidentes dos EUA e do Brasil, George W. Bush e Luiz Inácio Lula da Silva.

"São nossas boas-vindas", ironizou a coordenadora da área de clima e energia do Greenpeace no Brasil, Rebeca Lerer.

Para o grupo, a discussão dos dois governantes deveria levar em conta mais ações para conter o aquecimento global. "É uma contradição no momento em que o mundo se mobiliza contra o aquecimento global, dois líderes mundiais discutirem compra e venda de etanol no lugar de falarem da amplitude do problema. O biocombustível tem um papel importante a desempenhar, mas não é uma solução definitiva", diz Rebeca.

O grupo ocupou parte do monumento e pendurou nele uma faixa com a mensagem "Bush e Lula, etanol é pouco. Salvem o clima", em inglês e português. Dois manifestantes, fantasiados de Bush e Lula, acenavam para carros e pedestres. Outros seis participaram do protesto vestidos de animais: gorila, girafa, coelho, galinha, cervo e onça.

Fonte: G1