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Jornalista alagoano acompanha protestos na visita de Bush

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, tem um dia cheio hoje aqui em São Paulo. Às 10 horas se encontra com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Às 10h30, o presidente Bush visita o Terminal da Transpetro e faz declaração à imprensa. Após o encontro na Transpetro, os dois presidentes almoçam juntos, por volta das 13 horas.

Antônio Lacerda/EFE

Manifestantes reagem à presença de Bush no Brasil

(De São Paulo) – O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, tem um dia cheio hoje aqui em São Paulo. Às 10 horas se encontra com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Às 10h30, o presidente Bush visita o Terminal da Transpetro e faz declaração à imprensa. Após o encontro na Transpetro, os dois presidentes almoçam juntos, por volta das 13 horas.

À tarde seguirá para uma vista à ONG Meninos do Morumbi, na zona sul. A ONG cuida de famílias carentes na favela de Paraisópolis.

Por volta das 8 horas da manhã, as Marginais Pinheiros e Tietê, foram novamente interditadas devido à agenda de compromissos oficiais do presidente americano . Ainda pela manhã, o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Celso Lafer, receberá a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice.

Ontem, o homem mais poderoso do mundo foi recepcionado, no aeroporto internacional de Guarulhos, São Paulo, pelo prefeito paulista, Gilberto Kassab, o embaixador representante do Itamaraty de São Paulo, Jadiel Oliveira, o embaixador do Brasil em Washigton, Antonio Patriota, o secretário municipal de relações internacionais, Alfredo Cutait, o cônsul geral dos EUA em São Paulo, Christopher Mcmullei, e pelo superintendente da regional sudeste da Infraero, Edgard Brandão Júnio.

O avião de Bush, o sétimo da comitiva a pousar no País, chegou às 20h05. O presidente desembargou às 20h15 e por volta de 20h20 saiu com a comitiva que foi divida em cerca de 41 carros.

Junto com o presidente norte-americano estavam mais de 50 pessoas, sendo que do primeiro escalão vieram a representante do comércio dos EUA, Susan Schwab, a secretária do departamento de Estado, Condoleezza Rice, e o assessor de assuntos de segurança nacional, Stephen Hadley. Segundo o consulado, o embaixador dos EUA no Brasil, Cliford Sobel, também estava no avião.

A Infraero destinou uma área de 4 mil metros quadrados no pátio do estacionamento remoto para o desembargue de Bush. Juntas, Infraero, polícia federal, exercito mobilizaram 600 pessoas para a operação que começou no último dia 4 e termina no próximo dia 11.

Durante cerca 20 minutos, entre o pouso e a saída da comitiva norte-americana do aeroporto, nenhuma aeronave pousou ou decolou.

Protestos continuam hoje

Entidades estudantis, grupos de esquerda e várias ONGs estão prometendo para hoje a continuação dos protestos contra o preside norte-americano nas ruas de São Paulo, durante o trajeto da comitiva. Existe muitas expectativas pois ontem o que seria uma manifestação pacífica se transformou em uma verdadeira praça de guerra na avenida paulista.

Mais de 10 mil pessoas foram às ruas ontem protestar contra a visita. Vários ativistas ficaram feridos no confronto com a polícia, entre eles o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Gustavo Petta, que declarou ao Alagoas24horas, no momento em que recebia atendimento médico no local das agressões: “amanhã estaremos nas ruas para protestar contra a indesejável visita do facínora americano e a subserviência brasileira. Não tememos a truculência policial e vamos enfrentar pois vivemos em um país livre e soberano”.

Alguns feridos tiveram que ser removidos para hospitais em função da gravidade das lesões. O estranho no protesto de ontem, na Avenida Paulista, é que mesmo sendo uma manifestação contra a visita do presidente americano e com duras crítica ao presidente Lula, estavam presentes mais de 30 entidades ligadas à Coordenação de Movimentos Sociais, como MST, CUT, UNE, além de outros grupos e partidos políticos como o PSOL, PSTU e até o PT.

Entre os petistas presentes estava o presidente municipal do partido, Paulo Fiorilo, o secretário de Relações Internacionais, Valter Pomar, além de outros lideres do Partido dos Trabalhadores, que também garantiram a continuidade hoje dos protestos.