O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mudou de idéia e sinalizou a interlocutores que não pretende mais acomodar o PDT no primeiro escalão do governo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mudou de idéia e sinalizou a interlocutores que não pretende mais acomodar o PDT no primeiro escalão do governo. A Folha Online apurou que Lula entende que o PDT não aderiu plenamente ao governo de coalizão e ainda continua na oposição, atuando de forma independente no Congresso.
Inicialmente, o Planalto sinaliza a intenção de acomodar o presidente do PDT, Carlos Lupi, no Ministério da Previdência. Irritado com a atuação do PDT no Congresso, Lula pediu ontem para o conselho político indicar um nome para a Previdência.
A gota d’água teria sido a insistência do PDT em instalar a CPI do Tráfego Aéreo. O líder do PDT na Câmara, deputado Miro Teixeira (RJ), se posicionou contra o recurso do PT para que a instalação da CPI fosse discutida na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
Da bancada de 23 deputados do PDT, 19 assinaram o requerimento que pedia a criação da CPI. Lula queria evitar a CPI, pois considera que a oposição irá usá-la como palanque contra seu governo.
Para piorar, o PDT também se posicionou contrário à medida provisória do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que cria um fundo de investimento com recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
O partido vem constrangendo o governo ao insistir na criação de um seguro para garantir que os trabalhadores não tenham prejuízos. O PDT também se colocou contra a uma proposta do Ministério da Previdência que reduz o valor pago pelo auxílio-doença.
O PT tenta fechar nesta terça-feira uma lista com os indicados para os Ministérios da Previdência, Desenvolvimento Agrário e Turismo, como solicitado nesta segunda-feira pelo presidente Lula.
A Folha Online apurou que a novidade deve ser a indicação do deputado Maurício Rands (PT-PE) para a Previdência. Devem ser mantidas as sugestões para que a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy ocupe o Ministério do Turismo e o deputado Pedro Eugênio (PE), o Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Folha Online