As profissionais, além de tratarem da coleção, vão realizar uma palestra no Museu Pierre Chalita com o tema “Cuidados importantes para a conservação preventiva de coleções em museus, arquivos e instituições detentoras de patrimônio cultural”.”, no dia 26, às 14 horas.
A aquarela do artista brasileiro Ismael Nery, da década de 30, é uma das peças raras da reserva técnica do Museu Pierre Chalita, que estava entregue às ações do tempo, como umidade e má conservação da obra. Mas a partir hoje, todas as pinturas sobre telas e obras sobre suporte papel vão passar pelos processos de higienização até o seu armazenamento.
As obras sobre tela serão acomodadas em trainéis e as obras sobre papel em envelopes especiais, que garantem sobrevida de até 50 anos das obras de arte.
A conservação deste importante acervo é fruto da parceria entre a Petrobrás e a Fundação Museu Pierre Chalita, que trouxeram para Maceió as conservadoras e restauradoras Ana Maria Caires Scaglianti e Lucia Elena Thomé. As profissionais, além de tratarem da coleção, vão realizar uma palestra no Museu Pierre Chalita com o tema “Cuidados importantes para a conservação preventiva de coleções em museus, arquivos e instituições detentoras de patrimônio cultural”.”, no dia 26, às 14 horas.
Para a presidente da Fundação, Solange Chalita, a palestra é uma das ações do museu e da Petrobrás para disseminar conhecimentos técnicos aos profissionais da área. “Mesmo que os museus não tenham o material adequado, a palestra será o primeiro passo para investir e buscar parceiros na conservação da história alagoana”, disse Solange.
As conservadoras Ana Maria e Lúcia Elena contam que o armazenamento das obras de arte, muitas vezes, são realizados de forma incorreta, por falta de conhecimento. “Normalmente, as obras sobre papel são armazenadas em contato uma com a outra, o que facilita a contaminação de fungos. O uso de fitas adesivas também danificam as obras”, explicou Lúcia Elena.
Ana Maria relatou que o trabalho de ambas no Museu Pierre Chalita começa pela documentação fotográfica do acervo, higienização, eliminação de fitas adesivas e fungos. E, por último, é feito o armazenamento em envelopes especiais, com a separação das obras com papel de Ph neutro.
Para o secretário do Estado da Cultura, Osvaldo Viégas, no mês que antecede a Semana Nacional do Museu (maio), a palestra reforça a proposta de criação do Sistema Estadual de Museus, que tem como meta unificar as ações e qualificar os profissionais da área.
“Pierre e Solange Chalita são dois guardiões da história da arte. Através do museu, eles criam o acesso junto ao público para apreciar o rico acervo. O investimento da Petrobrás no Museu Pierre Chalita é uma iniciativa que merece ser abraçada por outras empresas”, opinou Osvaldo.
Serviço:
Palestra: “Cuidados importantes para a conservação preventiva de coleções em museus, arquivos e instituições detentoras de patrimônio cultural”. Com as conservadoras e restauradoras Ana Maria Caires Scaglianti e Lucia Elena Thomé.
Dia 26, no Museu Pierre Chalita (Praça Marechal Floriano Peixoto, 44, Centro)
30 vagas. Entrada gratuita.
Mais informações: Tel: 3223-4298
Sobre o Museu Pierre Chalita
Em 2003, Manuel Júlio e Florence Maria Vera foram responsáveis pelo projeto – patrocinado pela Fundação Vitae – de conservação preventiva de mais de 600 esculturas de arte sacra do acervo principal do Museu de Arte Sacra Pierre Chalita.
Em 2007, o projeto do engenheiro e museólogo Manuel Júlio Vera deu início à nova etapa de confecção do mobiliário específico para o armazenamento adequado do acervo. O projeto patrocinado pela Petrobrás está orçado em R$ 270 mil.
O Acervo do Museu é composto de imagens dos séculos XVII, XVIII e XIX, em sua maioria nordestinas. Cerâmica, prataria, mobiliário, desenhos e pinturas brasileiras e estrangeiras, como o Cristo, pintada na década de 60 no Líbano; a Família Sagrada, datada do século XVIII; o retrato de D. Pedro II, assinado por G.A. Roth (1883); além de trabalhos assinados pelo alagoano Rosalvo Ribeiro e as últimas obras do mestre Lourenço Peixoto.