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Deputados debatem importância do banco de sementes para agricultores

Os deputados estaduais estão reunidos na Assembléia Legislativa de Alagoas (ALE) para debater a importância da criação de um banco de sementes para a produção da agricultura familiar em Alagoas. A sessão extraordinária é proposição do parlamentar Judson Cabral (PT) e presidia pelo deputado Fernando Toledo (PSDB).

Sionelly Leite/Alagoas24horas

Alexandre Toledo

Os deputados estaduais estão reunidos na Assembléia Legislativa de Alagoas (ALE) para debater a importância da criação de um banco de sementes para a produção da agricultura familiar em Alagoas. A sessão extraordinária é proposição do parlamentar Judson Cabral (PT) e presidia pelo deputado Fernando Toledo (PSDB).

Além dos dois parlamentares, apenas Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT), e Alberto Sextafeira (PSB) se encontram no plenário reunidos com diversas autoridades do setor da agricultura, inclusive o secretário estadual Alexandre Toledo.

Para o secretário de Agricultura, a criação do banco de sementes é uma necessidade vital para evitar desperdícios com a compra de grãos pelo Estado de Alagoas. Já que a aquisição é feita – atualmente – em outros estados da federação. Com isto, prejudica os agricultores, que sempre começam o processo do plantio em atraso e dificulta a comercialização – por tabela – dos grãos.

Alexandre Toledo destacou que a discussão é antiga, mas hoje ganha muita força. “É importante porque faria o dinheiro circular dentro de Alagoas, o que fortaleceria a economia, além dos diversos benefícios para os agricultores. O banco comunitário de sementes evita desperdícios, então faz parte dos projetos do Estado ajudar a agricultura familiar, possibilitando que isto aconteça”, destacou.

Toledo resume a importância dos bancos de semente em dois pontos: economia e evitar desperdícios. Pontos com os quais concorda o deputado estadual Judson Cabral, que destaca a agricultura familiar como uma “alternativa potencial para o desenvolvimento econômico do Estado de Alagoas”.

O parlamentar destaca ainda que “O Estado de Alagoas está na contramão do desenvolvimento, quando o assunto é agricultura familiar”. “Nós possuímos a menor média de produção do Nordeste e a nossa renda por família é 6,5 vezes menor que na Região Sul, por exemplo, e, no entanto a agricultura é uma vocação natural do nosso Estado”.

Tempo perdido

“O Estado de Alagoas nos últimos oito anos não correspondeu ao apoio recebido pelo Governo Federal para o desenvolvimento da agricultura familiar. A cultura secular da cana-de-açúcar não trouxe o equilíbrio desejado e ainda falta apoio a demais culturas do campo”, resumiu o parlamentar.

Cabral destacou que a implantação dos bancos comunitários ajudaria na mudança do perfil, pois a formação dos bancos de semente facilitariam o inicio dos plantios na época exata em que ocorrem as chuvas, aumentando a produção e conseqüentemente a comercialização. Judson Cabral destacou ainda o papel do Governo Federal, com a compra garantida.

“É um resgate da cidadania e da dignidade destes agricultures. Os bancos comunitários facilitariam ainda as parcerias, a organização entre eles e o desenvolvimento econômico das regiões. É preciso trabalhar pelo resgate de culturas agrícolas regionais”, explicou.

O propositor da sessão não deixou de destacar as dificuldades – apontando estudos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) – como a ausência de estrutura física e técnica para o inicio dos bancos de sementes, bem como os problemas encontrados para o armazenamento.

“Precisamos sensibilizar o Governo do Estado para oficializar a participação neste processo. Uma pena que poucos parlamentares tenha comparecido a uma discussão tão importante, mas estaremos de plantão pela agricultura familiar, como fizemos com os trabalhadores da educação”, finalizou Judson Cabral.