No fim do trabalho, aparecem figuras gigantes, com formatos de animais como tatu, tamanduá, borboletas, além de uma variedade de pássaros – exemplos de uma criação artística nunca vista no Brasil, segundo os especialistas artesãos de Alagoas.
O talento do artesão Edmílson Oliveira pode ser visto pelas ruas de Quebrangulo – em forma de arte e preservação ambiental. Há cerca de três anos, o que era visto como lixo passou a ser usado como matéria-prima e as
embalagens plásticas de refrigerantes e pedaços de ferro-velho viraram mercadorias valiosas.
No fim do trabalho, aparecem figuras gigantes, com formatos de animais como tatu, tamanduá, borboletas, além de uma variedade de pássaros – exemplos de uma criação artística nunca vista no Brasil, segundo os especialistas artesãos de Alagoas.
E como se não bastasse a criação, todos são animais que representam a Serra de Pedra Talhada – maior símbolo ecológico e turístico do município – uma área de reserva da Mata Atlântica, que vem sendo preservada há mais de 20 anos, pela Nordesta, uma associação com ligação a uma Ong, da Suíça, cujos trabalhos são coordenados pela ambientalista Anita Studer.
“Tomei gosto pela escultura de material reciclado no ano de 2004, por iniciativa de Dylan Barckler, um ambientalista que veio da Suíça, prestar serviço aqui na Nordesta. O objetivo do projeto era criar figuras, a fim de conscientizar a população a preservar o meio ambiente de uma forma geral”, explicou Edmílson, que ainda domina a arte de pintar em óleo sobre tela com papel reciclado, destacando figuras que refletem o estilo abstrato do surrealismo.
Natural da vizinha cidade de Paulo Jacinto, Edmílson desembarcou há 16 anos em Quebrangulo, onde trabalhava como pintor adotando características do espanhol Salvador Dali.
Nas oficinas, ele ensina pintura, desenho, escultura e a trabalhar com papel reciclado na produção de agendas, cartões entre outros; e em breve, diz, colocará em prática um projeto para implantação de uma escolinha de futebol.
“Aos poucos estamos profissionalizando através das nossas oficinas, dezenas de pessoas”, diz Edmílson, lembrando que depois de ensinar 40 jovens durante seis meses, agora está com outro grupo formado por 20 jovens, que no futuro serão novos artesãos quebrangulenses.