A fraude foi descoberta no início de janeiro, quando o Tribunal de Justiça recebeu uma notificação da Caixa Econômica Federal, de que as contas eram pagas por segunda via. Com a informação, a direção abriu uma sindicância e encontrou vários indícios de fraude, que levavam às acusações a Ivanildo Farias.
O delegado Janderlyer Lima retomou, nesta terça-feira, os depoimentos de pessoas envolvidas com um dos maiores golpes registrados no Tribunal de Justiça. A Polícia Federal investiga o desvio de R$ 1,6 milhão do setor Financeiro do Judiciário.
Para hoje estão marcados os depoimentos de Belchior Oliveira, que já depôs pela manhã, Andréia Silva Araújo, Osias Cordeiro, o principal acusado, Ivanildo de Oliveira Farias e a mulher dele, Dulcineide Farias.
O inquérito estava parado porque a PF havia pedido prorrogação do prazo de entrega à Justiça Federal. Agora, o superintendente da Polícia Federal, o delegado Bergson Toledo, afirmou que o órgão só irá se pronunciar no fim das investigações.
Ainda devem ser ouvidos, nesta semana, o diretor financeiro do TJ, Luiz Fernando Magalhães, os funcionários José Cláudio Ferreira Magalhães e Abdenego de Guia Silva, e os funcionários da Caixa Paulo César Carvalho Lima e uma outra funcionária, conhecida por Sônia.
A fraude foi descoberta no início de janeiro, quando o Tribunal de Justiça recebeu uma notificação da Caixa Econômica Federal, de que as contas eram pagas por segunda via. Com a informação, a direção abriu uma sindicância e encontrou vários indícios de fraude, que levavam às acusações a Ivanildo Farias.
O presidente da sindicância, o juiz Manoel Cavalcante, explicou que o dinheiro das contas era desviado para outras contas de pessoas físicas, ao invés de ser utilizado no pagamento das dívidas.
Um exemplo citado pelo juiz foi do pagamento de uma conta de R$ 100 mil – quem fazia o depósito bancário conseguia desviar R$ 20 mil para outras contas e pagava somente R$ 80 mil. Depois, o responsável pedia a segunda via da conta e conseguia mais dinheiro para quitar o débito.
A sindicância apurou que a fraude começou em 2002. Depois da descoberta, Ivanildo Farias, o principal acusado, foi afastado do Tribunal de Justiça.