O time 'misto' do técnico Muricy Ramalho conseguiu fazer o São Paulo respirar aliviado.
O time ‘misto’ do técnico Muricy Ramalho conseguiu fazer o São Paulo respirar aliviado. No fim de uma semana conturbada, a equipe do Morumbi venceu o Goiás por 2 a 0 na abertura do Campeonato Brasileiro, em casa, sem metade dos jogadores titulares que foram eliminados pelo Grêmio na última quarta-feira, pelas oitavas-de-final da Copa Libertadores.
A partida foi disputada com portões fechados para a torcida, em punição referente ainda à disputa da Série A do ano passado. Na última rodada, no empate por 0 a 0 com o Paraná, um são-paulino invadiu o gramado da Vila Capanema e a equipe tricolor paulista recebeu gancho de um jogo.
A ausência de torcida acabou significando falta de pressão, pelo menos oriunda das arquibancadas. A cobrança, então, era só aquela exercida pela diretoria do clube, que esteve presente nos últimos treinamentos e demonstrou insatisfação com o atual momento da equipe.
O resultado indireto foi a mudança nos titulares. Os contestados Jadílson, Richarlyson, Souza, Leandro e Aloísio deram lugar a André Dias, Hernanes, Jorge Wagner, Dagoberto e Borges, e Muricy Ramalho ainda remontou seu time no esquema com três zagueiros.
O comandante são-paulino alega que a modificação aconteceu porque seus atletas estariam desgastados pelo jogo na Copa Libertadores. "A gente sempre troca quatro ou cinco depois de um jogo importante. Não tem novidade nenhuma. É impossível jogar uma decisão na quarta e repetir o time no sábado", disse Muricy Ramalho.
As alterações, porém, aconteceram justamente depois de uma reunião da comissão técnica com o presidente Juvenal Juvêncio, em que o dirigente teria reclamado do rendimento de alguns jogadores do elenco e cobrado a entrada de reservas.
E as novidades mais esperadas foram aquelas que deram mais resultado. Jorge Wagner e Dagoberto, principais contratações do São Paulo no ano mas que estavam fora do time até então, foram os destaques da partida. Além de muita movimentação, a dupla criou as melhores oportunidades e participou ativamente dos dois gols do confronto.
Agora, o time do Morumbi terá uma semana inteira para se preparar para a partida contra o Náutico, em Recife. Já o Goiás receberá o Flamengo em casa. Os dois jogos acontecerão no domingo (dia 20 de maio).
Pelas circunstâncias do jogo, o empate em 2 a 2 com o Cruzeiro neste sábado, no Maracanã, na estréia no Brasileiro, não foi um resultado ruim para o Fluminense. Os mineiros saíram na frente com gols de Nenê e Gabriel, mas o Tricolor reagiu e chegou ao empate com Carlos Alberto, de pênalti, e Cícero.
O Fluminense começou o jogo tentando pressionar o Cruzeiro. E conseguiu nos primeiros minutos. Com mais posse de bola, o Tricolor atuava no campo de ataque e os mineiros não passavam do meio-de-campo. Mas apesar do domínio, o time de Renato Gaúcho não criava chances de gol.
Aos poucos, o Cruzeiro foi tomando conta do meio e se lançando ao ataque. Não demorou para as chances começarem a aparecer. Aos 25, Araújo acertou trave em uma cabeçada. O gol veio aos 29. Nenê arriscou de fora da área e Fernando Henrique não conseguiu defender. Três minutos depois, Gabriel recebeu sozinho na área e bateu de primeira, sem chance para o goleiro tricolor. Cruzeiro 2 a 0.
O Fluminense descontou aos 45. Lenny foi derrubado na área pelo goleiro Lauro e Carlos Alberto diminuiu cobrando bem o pênalti.
Renato Gaúcho mexeu no time no intervalo. Ele colocou Thiago Neves no lugar de Romeu, deixando a equipe mais ofensiva. O Flu partiu para a pressão, mas sem objetividade. Aos 6, Rafael quase empata completando um bom lançamento de Carlos Alberto.
O Cruzeiro ameaçava nos contra-ataques e, depois de uma boa jogada de Maicossuel, o time quase empata. Aos 33, o Fluminense chegou ao empate. Após cobrança de escanteio, Cícero, de peixinho, marcou o segundo do Flu.
O Tricolor pressionou nos instantes finais e teve chances para virar. Mas os jogadores pecaram nas finalizações e a torcida teve que se contentar com um empate na estréia do Fluminense no Brasileiro.