Categorias: Meio Ambiente

Prefeitura insiste em Guaxuma e responsabiliza Casal pela escolha da área Norte

O procurador da Superintendência de Limpeza Urbana - Slum, Luiz Guilherme Melo Lopes, em entrevista ao Alagoas 24 Horas, confirmou a intenção da Prefeitura de Maceió de manter o aterro sanitário no bairro de Guaxuma. Ele alegou que o Município está levando em consideração o parecer técnico da Casal, a nota emitida pelo Ministério do Meio-Ambiente, o parecer do Instituto de Meio-Ambiente – IMA e os relatórios produzidos por algumas ONG’s ambientalistas de Maceió, que juntos, desaconselham a instalação do aterro na área da Cachoeira do Meirim.

O procurador da Superintendência de Limpeza Urbana – Slum, Luiz Guilherme Melo Lopes, em entrevista ao Alagoas 24 Horas, confirmou a intenção da Prefeitura de Maceió de manter o aterro sanitário no bairro de Guaxuma. Ele alegou que o Município está levando em consideração o parecer técnico da Casal, a nota emitida pelo Ministério do Meio-Ambiente, o parecer do Instituto de Meio-Ambiente – IMA e os relatórios produzidos por algumas ONG’s ambientalistas de Maceió, que juntos, desaconselham a instalação do aterro na área da Cachoeira do Meirim.

De acordo com o procurador, a área da Cachoeira do Meirim tirou apenas 0,01 décimo de nota a mais do que a região de Guaxuma. “A diferença é quase insignificante e além disso, temos as opiniões contrárias de entidades que lidam com o meio-ambiente com relação ao Meirim. O Município está preocupado, principalmente, com o que diz o parecer da Casal. Ela alega que o posicionamento do aterro pode, futuramente, comprometer o abastecimento de água para diversos bairros da capital – hoje o Pratagy é responsável por cerca de 20% do volume diário de água fornecido à 17 bairros – e ainda admite a possibilidade do aumento da barragem do Pratagy, causando um risco eminente de contaminação na Bacia Hidrográfica do rio”, explicou ele.

Luiz Guilherme também alega que, até o momento, nenhum órgão oficial rechaçou a região de Guaxuma. “Estamos contrariando a opinião dos moradores e do setor imobiliário e não dos órgãos de proteção ambiental. A área AS 12 (Guaxuma) foi escolhida por nós apenas pelos motivos de precaução e prevenção”, disse.

O procurador também informou que Guaxuma tem outras circunstâncias mais favoráveis. “As questões operacionais e técnicas. Seria irresponsável, de nossa parte, desconsiderar tantas coisas. E isso.felizmente, não aconteceu”, declarou ele.

Discussões

Segundo Luiz Guilherme, a Prefeitura continua conversando com todos os segmentos da iniciativa privada, sociedade civil organizada e entidades ambientalistas para que a escolha tenha a menor quantidade possível de conflitos.

“Estamos explicando os cuidados que um aterro sanitário exige e falando do comprometimento do Município para com a manutenção das normas exigidas para a sua instalação. Também vamos construir uma unidade de triagem e compostagem, que atenderá aos catadores. Haverá uma seleção prévia dos resíduos para que possamos manter a sustentabilidade das famílias que vivem desse tipo de trabalho”, argumentou.

O procurador acrescentou ainda que a Slum já está vistoriando a área de Guaxuma. “Nossa equipe está fazendo o levantamento topográfico, buscando informações sobre os proprietários das áreas, quais são os limites de cada terreno daquele, se os mesmos estão registrados de forma legal e avaliando os custos para a compra”, detalhou ele.

Ipioca

Apesar da polêmica continuar, o Alagoas 24 Horas apurou que o prefeito Cícero Almeida já admite a possibilidade de instalar o aterro sanitário no bairro de Ipioca.

A idéia é defendida pelos vereadores Thomas Beltrão (PT), Galba Novaes (sem partido) e Marcelo Malta (PC do B). “Parece-nos que a melhor alternativa seria um consórcio na região metropolitana, mas essa alternativa já foi descartada pelo Município. Então, aquela área de Ipioca aparece como uma boa alternativa”, disse Novaes.