Mais de 17 mil delegados e delegadas de assentamentos e acampamentos de 24 estados, entre eles de Alagoas, participam do 5º Congresso do MST, o maior da história do movimento. O evento acontece de 11 a 15 de junho em Brasília e tem como tema “Reforma Agrária: por Justiça Social e Soberania Popular”.
Mais de 17 mil delegados e delegadas de assentamentos e acampamentos de 24 estados, entre eles de Alagoas, participam do 5º Congresso do MST, o maior da história do movimento. O evento acontece de 11 a 15 de junho em Brasília e tem como tema “Reforma Agrária: por Justiça Social e Soberania Popular”.
O evento será uma grande festa para comemorar as conquistas dos trabalhadores sem terra nos últimos 23 anos, demonstrando a unidade dos integrantes do movimento e o apoio da sociedade à luta pela Reforma Agrária. “É um momento de fortalecimento e consolidação do movimento, trabalhando a mística e os nossos valores”, afirma o integrante da coordenação nacional do MST, Gilmar Mauro.
Durantes os cinco dias, os trabalhadores e trabalhadoras rurais ficam acampados em torno do ginásio, onde acontecem os debates sobre o atual estágio da questão agrária, o papel do estado sob a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva e a conjuntura política internacional.
“O Congresso é um espaço de confraternização interna, onde temos a possibilidade de encontrar toda a companheirada que faz a luta de norte a sul do país. É um momento ímpar onde podemos fazer as discussões, estudos e estabelecer as táticas”, define.
O MST vai apresentar à sociedade a sua proposta para o campo brasileiro, intitulada “A Reforma Agrária necessária: Por um projeto popular para a agricultura brasileira”.
O programa agrário apresenta objetivos e propostas concretas para a resolução da questão agrária, com a garantia de boa qualidade de vida e trabalho aos sem terra e a superação da brutal desigualdade social no campo. Além disso, propõe o modelo da soberania alimentar, com a produção de alimentos a toda a população, e a preservação da natureza.
Segundo Mauro, o lema do Congresso surgiu da compreensão do Movimento de que o combate às desigualdades e a garantia da efetiva participação política da população dependem da mudança da estrutura fundiária no país.