No entanto, o presidente dos EUA, George W. Bush, manteve sua oposição à idéia de colocar essa meta em números e estabelecer uma redução de 50% dos gases até 2050.
Os líderes mundiais reunidos na cúpula do G8 na Alemanha selaram um acordo para implementar cortes "substanciais" na emissão de gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global, afirmou a chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel. No entanto, o presidente dos EUA, George W. Bush, manteve sua oposição à idéia de colocar essa meta em números e estabelecer uma redução de 50% dos gases até 2050.
"Em termos de alvos, concordamos com uma linguagem clara… que reconhece que os aumentos nas emissões de gás carbônico [o principal causador do aquecimento] devem primeiro ser interrompidos e depois seguidos por reduções substanciais", disse Merkel a repórteres durante a reunião no balneário báltico de Heiligendamm.
Segundo ela, os países do G8 concordaram em "considerar" a meta dela de um corte de 50% nas emissões até 2050. Mas os líderes não parecem ter se comprometido a metas específicas. Fontes da União Européia disseram à agência de notícias Reuters que o documento final do encontro poderá incluir uma menção a essa meta, a qual mencionará apenas o "desejo" dos países da União Européia, do Japão e do Canadá de realizar tais cortes.
Os EUA vinham resistindo às tentativas de Merkel — que comanda a cúpula — de fixar uma meta específica sobre os cortes necessários aos esforços para combater as perigosas alterações no clima. Um dos avanços importantes é que os americanos agora parecem ter aceitado participar do processo de negociação climática iniciado pela ONU com o Protocolo de Kyoto, ao qual eles mostravam enorme resistência.
O local da cúpula, um hotel de luxo do século 19, continua cercado por um forte esquema de segurança.
Na quinta-feira de manhã, barcos da polícia afastaram várias embarcações menores do Greenpeace que tentavam romper o cordão de isolamento, abalroando um deles e obrigando seus ocupantes a pularem nas águas do mar Báltico.