Com carro de som, faixas e uma carta aberta à população, dezenas de médicos realizaram um protesto para reivindicar reajuste salarial e condições de trabalho.
A caminhada começou na orla da Ponta Verde e parou, agora há pouco, em frente ao prédio onde mora o governador Teotonio Vilela Filho, na praia de Jatiúca.
“Os médicos não suportam mais as condições de trabalho a que são submetidos; vamos conversar com a categoria, governador”, dizia o presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Alagoas, Wellington Galvão.
“Estamos pedindo socorro: os médicos e a população”, continuava o sindicalista, acrescentando que seis ambulatórios de Maceió estão interditados por falta de condições éticas de trabalho médico.
Mesmo com a manifestação, ninguém ligado ao governador apareceu para rebater as palavras dos médicos.
Carta aberta
Na carta aberta, os médicos explicam que a categoria acumula defasagem salarial de mais de 300%. Por isso, os médicos pedem 50% de reposição salarial, mas ainda não conseguiram negociar com o Governo.
Mesmo com a condição do Estado (de só negociar com o fim da greve), os médicos deixam claro que só retornam aos trabalhos quando o Governo atender as reivindicações.
“Nós atendemos 70 pessoas por dia, num plantão de 12 horas. Ás vezes não temos tempo nem de ir ao banheiro. E ainda faltam medicamentos e outros itens indispensáveis no trabalho”, disse um dos médicos.
Greve
Mesmo com a greve, que já dura 11 dias, funcionam normalmente as unidades de urgência e emergência – a Unidade de Emergência Armando Lages, a maternidade Santa Mônica e Unidade do Agreste.
A próxima manifestação da categoria será no domingo pela manhã, às 11h, na praia Sete Coqueiros. Já a próxima assembléia da categoria está marcada para segunda-feira.