Acusado de participação em seqüestro de juiz é preso na operação.
Com o objetivo de coibir o transporte intermunicipal irregular de passageiros vem sendo intensificada ano a ano a fiscalização da Arsal – Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas, através de sua Coordenadoria de Transporte, com o apoio de policiais do Batalhão de Polícia Rodoviária da Polícia Militar. Além das irregularidades de praxe, desde fevereiro deste ano a fiscalização descobriu novos crimes cometidos por alguns desses transportadores irregulares, como porte ilegal de arma e posse de drogas.
O mais recente relatório da fiscalização – que atua em pontos volantes e em quatro pontos fixos, localizados no Posto Policial do Pólo (AL 101 Sul), em Paripueira (AL 101 Norte), Rio Largo (BR 316) e Satuba (BR 104) – traz alguns registros dos crimes citados.
No dia 8 de junho, foi interceptado no município de Flexeiras um táxi Astra com cinco homens fortemente armados. Eles estavam munidos com três revólveres 38 e 36 munições, além de uma pistola 380 com 11 munições. Entre os ocupantes do veículo estava José Roney Brayt, foragido do Tigre e acusado de participação no seqüestro do presidente da Almagis, o juiz Paulo Zacarias. Os outros ocupantes eram Rubenaldo Almeida Silva, dono e motorista do táxi, condenado por roubo, homicídio e ocultação de cadáver e Alexandre do Nascimento Albuquerque, processado por roubo e homicídio qualificado.
No dia 14 de maio deste ano, o taxista Sérgio Feliciano da Silva e o ex-detento Bernadino de Brito Souto, que cumpriu pena por homicídio, foram presos durante abordagem no Posto do Pólo. O taxista e o ex-detento estavam em um veículo Pálio e portavam um revólver calibre 38 e 25 munições para a arma. No dia 13 de junho, no Posto de Satuba, José Warderson da Silva, que dirigia uma van da marca Volare, foi autuado em flagrante por posse de maconha.
Entre o início de maio e o dia 13 de junho, a fiscalização da Arsal já realizou 110 apreensões por motivos diversos, como: IPVA atrasado, GNV não autorizado, motorista inabilitado, equipamentos obrigatórios defeituosos ou inexistentes e CNH vencida.
“Além de inviabilizar os veículos que estão legais, o transporte irregular de passageiros, feito por vans que estão fora do sistema e táxis lotação que fazem o percurso intermunicipal, não oferece condições mínimas de segurança aos passageiros e pode representar vários riscos, não só pela falta de condições para trafegar, como pela possibilidade do motorista estar de posse de armas, drogas ou transportar passageiros armados”, destaca Álvaro Machado, diretor geral da Arsal, acrescentando que a fiscalização continuará a ser intensificada com a finalidade de dar maior segurança aos usuários do sistema intermunicipal de passageiros.
Fábio Calheiros, coordenador de Transporte, diz que, desde 2001 a Arsal tornou possível que o transporte convencional e o complementar operassem em conjunto. O coordenador enfatiza que “para que o sistema funcione cada dia melhor, é fundamental a colaboração dos usuários, motoristas, concessionárias e da sociedade como um todo, para sugerir, reclamar, denunciar e tirar dúvidas a respeito do transporte intermunicipal de passageiros”.