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MP afirma que sumiço do corpo não interfere nas investigações

O drama da família Rocha, que já perdura por dois anos, teve mais um capítulo macabro esta semana, quando a Justiça determinou a exumação do corpo, para que Carlos Roberto fosse finalmente entregue à família para ter um sepultamento digno.

Alagoas24horas

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Integrantes do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gecoc) do Ministério Público de Alagoas confirmaram agora há pouco ao Alagoas24horas que o desaparecimento do corpo do jovem Carlos Roberto da Rocha do Cemitério Divina Pastora não interfere no processo, pois a materialidade do crime de homicídio já foi comprovada.

A materialidade havia sido atestada com exames de balísitca e DNA, que comprovaram que o corpo sepultado no Divina Pastora era mesmo de Carlos Roberto. O que muda, desde a comprovação, segundo o MP, é que os acusados voltam a ser ouvidos na condição de autores materiais do crime, não mais seqüestradores.

Em busca do corpo

O drama da família Rocha, que já perdura por dois anos, teve mais um capítulo macabro esta semana, quando a Justiça determinou a exumação do corpo, para que o corpo de Carlos Roberto fosse finalmente entregue à família para ter um sepultamento digno.

Segundo informações do Instituto Médico Legal Estácio de Lima, os peritos foram ao Cemitério Divina Pastora em duas ocasiões, sempre acompanhados de integrantes do Ministério Público e da 17ª Vara Criminal – que expediu o mandado de exumação do corpo.

Na primeira vez, os funcionários do IML chegaram a abrir seis covas, orientados pelos funcionários do cemitério, para encontrar o corpo de Carlos Roberto, sem obter êxito. Na manhã de ontem, por volta das 10h30, os peritos receberam do funcionário Valfredo Izidoro dos Santos a indicação de uma cova, cuja ossada foi entregue ao pai da vítima, Sebastião Rocha, que questionou o procedimento.

Após ser pressionado pelo policiais, Valfredo teria dito que forneceu “um corpo qualquer” para tentar acalmar o pai da vítima, que há anos sofre o martírio em busca do corpo do seu filho. Após a confirmação do crime, Valfredo foi encaminhado para a delegacia do 11° Distrito, onde permanece preso.