O Conselho de Ética do Senado decidiu avaliar a evolução patrimonial do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), entre 2002 e 2006 e comparar com obras da empreiteira Mendes Júnior pagas com dinheiro público neste mesmo período.
O Conselho de Ética do Senado decidiu avaliar a evolução patrimonial do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), entre 2002 e 2006 e comparar com obras da empreiteira Mendes Júnior pagas com dinheiro público neste mesmo período. Com isso, o conselho quer saber se há alguma relação que mostraria benefício entre a empreiteira e Renan.
O senador é acusado de receber ajuda do lobista Cláudio Gontijo, da Mendes Júnior, para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha de três anos. Renan nega e diz ter recursos próprios para essas despesas.
O conselho decidiu também que pedirá ainda nesta quinta (5) à Polícia Federal a conclusão da perícia em documentos apresentados por Renan para comprovar renda. Um encontro entre a comissão de três relatores do caso e o diretor-geral da PF, Paulo Lacerda, nesta manhã discutirá o assunto.
Esse cronograma de trabalhos foi definido em reunião entre o presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), e os relatores Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS). O terceiro relator, Almeida Lima (PMDB-SE), não participou do encontro por problemas de saúde.
Segundo Casagrande, o cruzamento de dados entre os bens de Renan e obras da Mendes Júnior servirá para tentar encontrar alguma ligação dele com a empresa. "Não sabemos se há alguma ligação. E precisamos buscar informações", disse.
A comissão de três relatores é a terceira tentativa do conselho em escolher uma relatoria para o caso. O primeiro relator, Epitácio Cafeteira (PTB-MA), pediu licença por motivos de saúde. No seu lugar, entrou Wellington Salgado (PMDB-MG), que desistiu menos de 24 horas depois de assumir.