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Medo de deserções faz Cuba antecipar retorno

Durante a competição, dois boxeadores, Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, um atleta do handebol, Rafael D´Acosta Capote, e um técnico da ginástica artística, Lázaro Lamelas, fugiram dos apartamentos cubanos da Vila Pan-Americana.

Seis ônibus levaram, na noite deste sábado, os cerca de 200 atletas cubanos que ainda estavam no Rio de Janeiro ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, onde vão embarcar em avião fretado para a volta ao país da América Central. Os equipamentos e pertences da delegação foram transportados por dois caminhões.

Desta forma, os atletas não participarão da cerimônia de encerramento. O governo de Cuba teria dado a ordem, alegando "questões de segurança". O provável motivo para tal decisão seria um boato da deserção de dezenas de esportistas antes do retorno, marcado para a noite de domingo.

Durante a competição, dois boxeadores, Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, um atleta do handebol, Rafael D´Acosta Capote, e um técnico da ginástica artística, Lázaro Lamelas, fugiram dos apartamentos cubanos da Vila Pan-Americana.

Ao comentar sobre as deserções, o líder cubano Fidel Castro afirmou que o fato foi "um golpe baixo", que afeta a moral dos atletas da ilha.

Terceiro colocado no torneio masculino, o time cubano de vôlei não participou da entrega das medalhas de bronze e foi vaiado pelo público presente no Maracanãzinho. Assim que acabou a partida em que Cuba garantiu o lugar no pódio, o técnico Orlando Samuel explicou aos organizadores que sua equipe deveria pegar um avião e que não poderia esperar a entrega das medalhas.

Pedro Cabrera, chefe de imprensa de Cuba, tentou minimizar a partida antecipada da delegação e colocou a culpa na crise vivida pela aviação brasileira. "Isso é muito normal, por um problema de linhas aéreas", declarou.

Norbert Gutiérrez, inscrito na maratona, seria o único cubano a competir no último dia de competições no Rio de Janeiro.