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André Valente avalia fim da greve dos médicos como positivo para Saúde

Na manhã de hoje, o secretário de Saúde, André Valente, avaliou como “um grande passo para a melhoria da Saúde do Estado de Alagoas a greve dos médicos”. “Agora, nós vamos começar a construir um novo rumo para a saúde pública, inclusive com o apoio e a atenção do Governo Federal”, destacou o secretário.

Alagoas24Horas/Arquivo

Valente aponta novos rumos para a Saúde após fim da greve

Na manhã de hoje, o secretário de Saúde, André Valente, avaliou como “um grande passo para a melhoria da Saúde do Estado de Alagoas a greve dos médicos”. “Agora, nós vamos começar a construir um novo rumo para a saúde pública, inclusive com o apoio e a atenção do Governo Federal”, destacou o secretário.

André Valente disse ainda que as negociações com o Movimento Unificado da Saúde, cujos servidores do nível médio ainda se encontram em greve, estão caminhando e que a perspectiva do Governo do Estado é que a paralisação, que já dura alguns dias, se encerre também hoje.

“Do Movimento Unificado, apenas os servidores do nível médio se encontra em greve. Acredito que estamos a um passo de também encerrar este processo. Hoje devemos chegar a um comum acordo e criar condições para melhorar a saúde. Não há dúvidas que a saúde precise melhorar”, colocou.

Com a greve os médicos – que pediam 50% do reajuste –, conseguiram, de forma escalonada, quase 40% de aumento e firmaram um acordo que cobra, entre outros pontos, a reintegração dos demissionários e melhorias de condições de trabalho. Segundo Valente, todos os itens do acordo firmado serão cumpridos pelo Governo do Estado de Alagoas.

Ao explicar a demora para acabar a greve, André Valente disse que um ponto fundamental foi a ajuda do Governo Federal. “O Governo do Estado, neste período de greve, não deixou de buscar alternativas para tentar por fim a uma paralisação que só prejudicava a população alagoana. O que mudou foi a ajuda do Governo Federal. O Acréscimo de R$ 5 milhões no custeio, o que dá para se ter uma sobra e reverter em salário. Claro que o ganho foi escalonado, mas o importante é a conquista do Plano de Cargos e Carreiras para a categoria”, destacou o secretário André Valente.

Para o presidente do Sindicato dos Médicos, Wellington Galvão, a greve não teve vencedores e vencidos. “A vitória da gente não foi de 100%, mas quem ganhou foi a população, já que além dos salários nós reivindicamos também melhoria nas condições de trabalho, compromisso firmado pelo Governo do Estado de Alagoas. Houve um desgaste, mas não teve perdedores ou vencedores”.

Galvão também destacou a ajuda do Governo Federal e o apoio da imprensa e da população alagoana que sempre acompanhou a luta da categoria. “O médico não fez greve e foi para a praia. Os médicos estavam nas ruas. Nós fomos até as associações de bairro, conversamos com a população. Enfim, estamos cobrando os nossos direitos. A greve uniu a classe médica. O médico busca por sua dignidade e respeito”, avaliou.

O presidente do sindicato disse ainda que – no início da greve – “muita gente subestimou o movimento grevista dos médicos”. “A cada ameaça e retaliação o movimento crescia”, disse. Wellington Galvão explicou ainda que a categoria retorna ao trabalho ainda hoje e que o Governo acatou o pedido de anulação das demissões que ocorreram – a pedido dos próprios médicos – durante a greve.

Em relação ao Movimento Unificado da Saúde, Galvão destacou que são lutas diferentes. “Não dá para ser o mesmo movimento e as mesmas reivindicações porque a profissão do médico requer complexidade e responsabilidades diferentes. Temos que construir uma legislação própria e um piso salarial nosso. Respeitamos muito a luta dos demais servidores da saúde e torcemos muito por eles, mas cada categoria tem a sua briga e deve se mobilizar em torno de seus direitos”, finalizou.