Seis anos depois do maior ataque terrorista da história, o cérebro por trás dos aviões que destruíram as torres gêmeas em Nova York ainda está foragido. A inteligência americana acredita que Osama Bin Laden está escondido nas montanhas de Tora-Bora, na fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão. Mas nunca conseguiu chegar realmente perto do líder da al-Qaeda -nem mesmo oferecendo US$ 50 milhões (cerca de R$ 100 milhões) pela sua captura.
Seis anos depois do maior ataque terrorista da história, o cérebro por trás dos aviões que destruíram as torres gêmeas em Nova York ainda está foragido. A inteligência americana acredita que Osama Bin Laden está escondido nas montanhas de Tora-Bora, na fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão. Mas nunca conseguiu chegar realmente perto do líder da al-Qaeda -nem mesmo oferecendo US$ 50 milhões (cerca de R$ 100 milhões) pela sua captura.
Neste mesmo período os americanos continuaram vivendo com medo de novos ataques. Dias atrás Bin Laden reapareceu em um novo vídeo, criticando a "fraqueza" dos Estados Unidos. E uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira revela que 91% da população acredita na iminência de encarar o terrorismo em seu país.
Mesmo à sombra de seu esconderijo, o homem mais procurado do mundo continua presente no inconsciente dos americanos.
Mas onde estará Bin Laden? Como estará vivendo? E, principalmente, qual a força e o grau de organização de seu grupo para cometer novos ataques terroristas nos Estados Unidos e em países que se aliaram a George W. Bush na "guerra ao terror"?
A revista Newsweek arregimentou 13 de seus melhores repórteres para tentar responder a essas perguntas. Em edição do dia 3 de setembro publicou uma reportagem especial na qual aponta algumas direções.
Diz que Bin Laden vive escondido em túneis subterrâneos em Tora-Bora, constantemente mudando de lugar. Lá, ele é chamado de "sheik" por seus aliados. Afirma também que há uma equipe de guarda-costas de prontidão. Se houver algum risco de ele ser capturado, a ordem para os seguranças é matá-lo e, em seguida, se suicidar.
Segundo a revista, oficiais da CIA (a agência de inteligência americana) apelidaram Bin Laden de Elvis -é um homem que está aqui, ali, mas no fundo não está em lugar nenhum (numa referência a Elvis Presley). Alguns agentes dizem que ele está muito doente, com problemas nos rins. Outros acreditam até mesmo que ele está morto.
O que as fontes entrevistadas pela Newsweek discutem é o real poder de fogo da al-Qaeda.
Quando ocorreram os ataques de 2001 nos Estados Unidos, a rede terrorista dependia de chefes tribais do Afeganistão. O número de membros não passava de 3.000. E eles não contavam com equipamentos modernos.
Hoje, apesar das baixas (muitos foram mortos ou capturados pelos EUA após os ataques de 2001), os membros restantes estão mais preparados -e contam com a internet para planejar suas ações criminosas.
Lembrança dolorosa
Os Estados Unidos relembram nesta terça-feira (11) o sexto aniversário dos ataques de 11 de setembro com eventos de menor envergadura do que nos anos anteriores, num momento em que se enfrenta uma crescente preocupação pelo conflito batizado de "guerra ao terror" que o país lidera.
Em Nova York, onde mais de 2.700 pessoas morreram quando dois aviões se chocaram contra as Torres Gêmeas do World Trade Center, os bombeiros lerão os nomes dos falecidos durante uma cerimônia solene a ser realizada na terça-feira.