Casa própria mais barata

Os consórcios imobiliários estão em pleno crescimento no País. O sistema tem hoje quase meio milhão de clientes. Boa alternativa para quem pode esperar mais tempo pela casa própria, a modalidade funciona como uma espécie de poupança.

O número de interessados no investimento praticamente dobrou nos últimos três anos, com avanço de 90%. No primeiro semestre de 2007, já havia 430 mil contratos assinados. Em todo o ano de 2006, foram registrados 390 mil. O alto índice de adesões pode ser explicado pela principal vantagem: o modelo não cobra juros.

Segundo o presidente regional da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), Fabiano Lopes Ferreira, a mudança da legislação em 1997 contribuiu para o cenário. “Antes, o cliente não era favorecido, nem o empresário. Depois que a legislação comum a outros segmentos passou a ser utilizada pelo consórcio, só houve mudanças positivas”.

Outro atrativo da modalidade é que o saldo do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) pode ser utilizado na negociação, o que aumenta as chances do cliente de dar lances e ser contemplado antes do tempo previsto. O reajuste das parcelas, feito pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), é anual.

Imóveis podem ser pagos em até 15 anos

Quem opta pelo consórcio tem, em geral, de 7 a 15 anos para adquirir a casa própria. A média de tempo oferecido pelas administradoras é de 120 meses (10 anos), mas isso varia de acordo com o público-alvo. “O prazo está diretamente ligado ao valor das parcelas. Se o grupo quer atingir uma classe mais baixa, aumenta o tempo para pagamento”, diz Ferreira.

Com o mercado de consórcio em alta, é importante ter certeza de que a administradora escolhida está autorizada a operar pelo Banco Central. Para saber se a empresa é confiável, basta acessar o site www.bcb.gov.br.