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Políticos e familiares de vereador morto querem PF e força-tarefa em AL

Na tarde de hoje, familiares e amigos do vereador por Delmiro Gouveia Fernando Aldo, assassinado na última segunda em Mata Grande, tiveram uma reunião a portas fechadas com o governador Teotônio Vilela Filho, no Palácio República dos Palmares. Familiares, vereadores e políticos que acompanharam o encontro solicitaram a presença da Polícia Federal no caso, hipótese que não foi descartada por Téo.

Alagoas24horas

Deputado Francisco Tenório: "Sá Rocha precisa mostrar a que veio"

Na tarde de hoje, familiares e amigos do vereador por Delmiro Gouveia Fernando Aldo, assassinado na madrugada da última segunda-feira em Mata Grande, tiveram uma reunião a portas fechadas com o governador Teotonio Vilela Filho, no Palácio República dos Palmares. Familiares, vereadores e políticos que acompanharam o encontro solicitaram a presença da Polícia Federal no caso, hipótese que não foi descartada por Téo.

Os familiares foram acompanhados pelos deputados federais Maurício Quintella (PR) e Francisco Tenório (PMN), pela deputada estadual Cláudia Brandão (PMN), pelo presidente da Uveal, Cláudio Roberto e por três vereadores de Delmiro Gouveia. A pedido da família a reunião aconteceu sem a presença da imprensa. Também aguardado no encontro, o secretário de Defesa Social, Coronel Sá Rocha, não participou.

Maurício Quintella informou que, durante a reunião, ficou acertado que na próxima quarta-feira, o governador deverá ir a Brasília, acompanhado da bancada federal e de representantes da Uveal, para se reunir com o ministro da Justiça, Tarso Genro, com o objetivo de pedir o apoio da Polícia Federal e discutir a formação de uma força-tarefa para vir a Alagoas. “Os integrantes da Comissão de Direitos Humanos da Câmara já se comprometeram a integrar essa força-tarefa”, salientou.

O deputado manifestou preocupação com o momento vivido pela Segurança Pública no Estado e destacou que o assassinato teve todas as características de crime de mando. “Delmiro é uma cidade pequena. Se o governador quiser elucida esse crime. Só queremos que ele (Téo), se perceber que não há condições materiais para trabalhar somente com a Polícia Civil, que não se exima de pedir apoio a PF”.

Em relação às críticas que o secretário Sá Rocha vem sendo alvo, Quintella não quis apimentar a discussão, mas disse ter informações de colegas parlamentares que atestam que a gestão de Sá Rocha foi deficiente na Bahia. “Foi deficiente lá e aqui também é. A Defesa Social precisa de uma pessoa mais atualizada e com mais ação”, afirmou.

Crimes Políticos

Quintella falou ainda sobre o medo e a apreensão que rondam o meio político com a proximidade das eleições. O deputado Francisco Tenório também destacou o assunto: “Pedimos respostas ao governador não só com relação a esse crime, mas com relação a todos outros que envolveram políticos no Estado nos últimos tempos”.

Tenório disse que hoje falta motivação na polícia para trabalhar e que a greve da categoria está colaborando para o aumento da violência no Estado. “O Governo precisa negociar, exigir a parada dessa greve. Precisa responder rápido a essa questão”.

Com relação ao secretário de Defesa Social, Tenório criticou a falta de “resposta” de Sá Rocha a todas as críticas que vem sofrendo. “Isso gera uma moleza, um marasmo no Estado. Ele (Sá Rocha) precisa mostrar a que veio, mostrar que tem um planejamento de ações, porque quem cala consente. O governador precisa exigir que o secretário responda à população”.

Depois da audiência com o governador, a comitiva seguiu para o Tribunal de Justiça, onde teriam um encontro com o presidente do órgão, José Fernandes de Hollanda Ferreira.