Antes da abertura dos negócios em Wall Street, os índices futuros das bolsas de valores norte-americanas indicavam abertura positiva das ações, com possibilidade de novos recordes após o desempenho fraco da véspera.
O dólar rompeu nesta quinta o patamar de R$ 1,80 pela primeira vez em mais de sete anos e, com o cenário externo positivo e o ingresso de divisas, operava em forte queda às vésperas do feriado.
Às 10h45, a moeda recuava 0,83% e era negociada a R$ 1,79. Na mínima do dia, o dólar chegou a ser negociado a R$ 1,785 no pregão à vista da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Foi o menor valor desde 3 de agosto de 2000.
"Um dos fatores positivos hoje é a recuperação das bolsas lá fora e a recuperação das moedas", disse Gerson de Nobrega, gerente da tesouraria do Banco Alfa de Investimento.
Antes da abertura dos negócios em Wall Street, os índices futuros das bolsas de valores norte-americanas indicavam abertura positiva das ações, com possibilidade de novos recordes após o desempenho fraco da véspera.
Nobrega lembrou que os leilões de compra realizados pelo Banco Central nos últimos dias enxugaram um volume pequeno de dólares do mercado. Isso diminuiu a resistência da moeda ao piso informal, que foi sustentado na última sessão por operações no mercado de derivativos.
Francisco Carvalho, gerente de câmbio da corretora Liquidez, avalia que o dólar mantém a tendência negativa mesmo após a quebra do patamar de R$ 1,80. "A expectativa é que, no curto prazo, ele possa vir a testar R$ 1,75", estimou, ressalvando um possível reforço nas atuações do BC no mercado à vista.
Na última hora dos negócios de ontem, o Banco Central voltou a realizar um leilão de compra de dólares no mercado à vista. A operação, porém, teve pouco efeito sobre a cotação da moeda norte-americana. Foi o terceiro dia seguido de atuação do BC. A autoridade monetária definiu corte a R$ 1,8057.