Os servidores do Movimento Unificado da Saúde voltaram a vivenciar momentos de tensão após serem informados que o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) havia sido acionado para desocupar o prédio da Secretaria Executiva de Saúde.
Mais de 30 policiais do grupo de elite foram acionados para dar início à desocupação, que foi suspensa, graças à intervenção do Centro de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar, da comissão de negociação do governo e de integrantes do movimento. Na manhã de ontem, os servidores que estavam na porta do prédio chegaram a impedir o acesso do secretário André Valente ao órgão.
Os servidores, que estão com as atividades paralisadas ficaram indignados com o corte de benefícios como adicional noturno e insalubridade, autorizados pelo Governo do Estado. No caso específico dos servidores lotados na Maternidade Santa Mônica, eles solicitaram à direção da unidade a transferência de todos os funcionários para o dia, uma vez que não estão recebendo a gratificação a que têm direito.
Durante a manifestação na porta da Sesau, os servidores voltaram a questionar a falta de uma proposta concreta por parte do Governo do Estado, que havia garantido apresentar o resultado do estudo ainda esta semana. “O governo não quer negociar”, acusou Cícero Lourenço, um dos representantes do movimento.
Neste momento, os servidores interditaram a Avenida Sá e Albuquerque e um trecho da Assis Chateaubriand.