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Diretor de ‘Tropa de Elite’ pode ser preso

O diretor de cinema José Padilha poderá ser preso caso se recuse a prestar depoimento no Inquérito Policial Militar (IPM) instaurado para apurar a possível participação de policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) no filme Tropa de Elite.

O diretor de cinema José Padilha poderá ser preso caso se recuse a prestar depoimento no Inquérito Policial Militar (IPM) instaurado para apurar a possível participação de policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) no filme Tropa de Elite.

A assessoria do cineasta informou que ele não vai depor por recomendação do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que teria considerado a intimação uma "inibição despropositada".

A assessoria de imprensa do Palácio Guanabara confirmou a informação, mas ressaltou que Cabral não pretende interferir nas investigações da PM.

A assessoria de imprensa da Polícia Militar (PM) informou que caberá ao juiz que for tomar o depoimento do cineasta na Auditoria da Justiça Militar expedir o mandado de prisão, intimado em caráter obrigatório. A data do depoimento não foi informada.

Na última quinta-feira, Rodrigo Pimentel, capitão reformado do Bope e um dos roteiristas do filme, também adiantou que não vai depor caso seja intimado. O comandante-geral da PM, coronel Ubiratan Angelo, não quis comentar o assunto, explicando que as investigações ainda estão em andamento. Nesta sexta-feira, o corregedor da instituição, coronel Paulo Ricardo Paúl, em seu blog na Internet, comentou a decisão tomada por Padilha e Pimentel.

"Não existe democracia sem respeito às leis. Espero que as testemunhas intimadas compareçam e prestem todos os esclarecimentos necessários à boa instrução do IPM. É dever de todo cidadão colaborar com a Justiça Comum ou Militar. E nunca é demais lembrar o ditado popular: Quem não deve não teme", escreveu Paúl. O corregedor disse que caberá ao coronel Ubiratan "tomar as decisões cabíveis" quando o inquérito for concluído.

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