O secretário Sérgio Moreira afirmou, hoje, que com a reestruturação da dívida, que chega a R$ 6 bilhões, o Estado terá uma redução de 20% a 25%.
O secretário de Planejamento e Orçamento, Sérgio Moreira afirmou, hoje, em entrevista à imprensa, que com a reestruturação da dívida, que chega a R$ 6 bilhões, o Estado terá uma redução de 20% a 25%. Segundo ele, o débito do Estado com a União cairia para R$ 4,7 bilhões. “A taxa de juros que Alagoas paga ao Tesouro Nacional é a maior de todos os Estados. São 7,5% ao mês pagos ao governo federal. ”, afirmou, destacando que o acordo com o Banco Mundial possibilitará uma redução dos juros na ordem de 2%.
Com a sinalização do governo federal para uma negociação do Estado com o Banco Mundial, o governo de Alagoas terá uma sobra de caixa para investir em programas que alterem a realidade sócio-econômica do Estado. “Essa é uma imposição do Tesouro Nacional. O próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, deixou claro que os investimentos deverão ser aplicados em ações que resultem, diretamente, na melhoria dos índices sociais de Alagoas”, disse Moreira.
Atualmente, Alagoas repassa R$ 500 milhões/ano ao governo federal. Segundo Moreira, um acordo que vem a ser firmado com o Banco Mundial irá permitir uma carência de cinco anos para iniciar o pagamento da dívida, e o dinheiro repassado à União poderá ser transformado em investimentos sociais. O governo do Estado tem até o próximo dia 31 para assinar o termo de ajuste fiscal. “Aí nós teremos uma decisão se poderemos contar com esse dinheiro ou não”, explicou.
O secretário destacou que há um caminho longo a percorrer, mas o governo está bastante otimista com a possibilidade desse acordo. “Nós temos rumo, traçamos um alinhamento estratégico, agora temos a oportunidade de começar a tirar Alagoas da crise financeira que vem enfrentando", .
Na próxima terça-feira (30), Sérgio Moreira vai a Brasília acompanhado do secretário adjunto da Fazenda, Maurício Toledo, para uma reunião nos Ministérios do Planejamento e da Fazenda. Moreira também estará com representantes do Tesouro Nacional e do Banco Mundial para discutir a vinda deles a Alagoas.