O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje a regulamentação do direito à greve, mas, segundo ele, o assunto precisa primeiro ser debatido, pois não é emergencial. "Greve não é férias, não é justo que você receba pelo dia que não trabalhou.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje a regulamentação do direito à greve, mas, segundo ele, o assunto precisa primeiro ser debatido, pois não é emergencial. "Greve não é férias, não é justo que você receba pelo dia que não trabalhou.
Quando eu fazia greve na fábrica eu sabia que ia perder o dia, então eu tinha mais responsabilidade ao decretar greve. Se o cidadão decreta greve, fica 90 dias sem trabalhar e depois recebe o pagamento, significa que não foi greve, foram férias. Tem que regulamentar e mandar para o Congresso Nacional votar. São acordos difíceis de serem feitos e não tem que haver pressa. Isso não tem que ser resolvido hoje ou amanhã", disse Lula.
Na quinta-feira, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pelo direito à greve dos servidores públicos. Os ministros analisaram ações ajuizadas por sindicatos que buscavam assegurar o direito à greve e reclamavam da demora do Congresso Nacional em regulamentar a matéria. Com a decisão, os servidores terão as mesmas regras que regulamentam o setor privado, que prevê o direito à greve, mas também sanções.
O presidente fez a declaração durante a festa de aniversário organizada por filiados ao PT para comemorar seus 62 anos, na manhã deste sábado. Para a celebração, foi montada uma tenda do lado de fora do Palácio da Alvorada, em Brasília.