O complexo Benedito Bentes está se preparando para implantar nos próximos meses o projeto de Polícia Comunitária que visa atender toda a região, planejando programas de prevenção e combate à criminalidade. Alagoas é o único Estado brasileiro que ainda não possui Polícia Comunitária atuando nas regiões com altos índices de violência.
O complexo Benedito Bentes está se preparando para implantar nos próximos meses o projeto de Polícia Comunitária que visa atender toda a região, planejando programas de prevenção e combate à criminalidade. Alagoas é o único Estado brasileiro que ainda não possui Polícia Comunitária atuando nas regiões com altos índices de violência.
As informações são do prefeito comunitário do Benedito Bentes, Silvanio Barbosa, que participou na semana passada do Seminário Nacional de Polícia Comunitária, em Salvador, onde participaram os 27 Estados e Distrito Federal. Na ocasião, além da troca de experiências sobre o trabalho realizados por estas polícias, as comissões apresentaram outros projetos de sucesso no combate à violência.
É o caso do projeto “Meia-Noite” que pretende ocupar o horário das 23h às 2h com atividades de esporte e lazer de adolescentes e jovens das comunidades. “Quando eu ouvi falar do projeto eu me vi trabalhando-o na minha comunidade. A idéia é ocupar esse tempo em que muitos jovens e adolescentes passam nas ruas e praças, usando drogas, com atividades de esportivas e de lazer”, explicou Silvanio.
“Além deste projeto, fomos apresentados a outros interessantes, como a Justiça Comunitária – Brasília é referência no assunto – que vai até a comunidade para resolver casos de conciliação, que normalmente demorariam anos tramitando na Justiça. Estas resoluções também diminuem os índices de criminalidade”, ressaltou Barbosa.
A implantação da Polícia Comunitária requer a criação de um Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), que deve planejar estratégias de enfrentamento à violência. No total, 14 pessoas estão prontas para integrar o Conesg do Benedito Bentes, que vai funcionar no antigo PM-Box , com o apoio do comandante do 5° Batlhão, tenente coronel Erivan.
“Nos próximos dias, estaremos iniciando o trabalho nas escolas do Benedito Bentes, com os diretores escolares, já que a escola será grande parceira nesse processo. Nós estamos preparados, com 14 pessoas capacitadas para atuar, a terceira turma de Polícia Comunitária está se formando na semana que vem e o Governo Federal disponibilizará cerca de 12 bilhões para dar andamento aos projetos no país”, afirmou o prefeito comunitário.
A Polícia Comunitária é uma forma de aproximar as polícias da comunidade, em um trabalho criativo de prevenção e combate à criminalidade. A sociedade como um todo, deve atuar de uma forma participante em todos os momentos que impliquem ou não em uma situação geradora de conflitos que levem às conseqüências extremas de violência.
"É preciso entender que a Polícia Comunitária é uma forma de integração das polícias, bombeiros, escolas, Ministério Público, Tribunal de Justiça, Igrejas, Associações de bairros, todos dando contribuição na resolução de problemas do cotidiano da população e no combate à criminalidade", acrescentou.