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Ex-prefeito de Novo Lino tem prisão decretada por Justiça pernambucana

A preventiva do ex-prefeito foi decretada no último dia 15 pela juíza Marylúsia Pereira Feitosa, da 3ª Vara do Júri da Capital de Pernambuco, acatando pedido da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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Ex-prefeito de Novo Lino, Luiz Soares, tem prisão decretada

A Justiça de Pernambuco decretou a prisão preventiva do ex-prefeito da cidade de Novo Lino, Luiz Soares, conhecido como Lula Soares. Ele é acusado de ser o mandante do assassinato do empresário Joselito Soares de Souza, 43 anos, ocorrido no dia 23 de agosto deste ano, no bairro Imbiribeira, na Zona Sul de Recife.

A preventiva do ex-prefeito foi decretada no último dia 15 pela juíza Marylúsia Pereira Feitosa, da 3ª Vara do Júri da Capital de Pernambuco, acatando pedido da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Segundo a polícia pernambucana, Lula Soares contratou Sandro Farias Lino, 32 anos – acusado de gerenciar um grupo de extermínio – para executar o empresário e teria pago R$ 10 mil pelo trabalho. Para o assassinato, Sandro teria contado com o apoio de Cristóvão Patrício da Silva, 37 e José Licásio da Silva Filho, 26. Além de Ironildo do Carmo Silva, o Iron, 24, e Claudionor Gonçalves dos Santos, o Nô, 22 – estes presos em Maceió.

A motivação do crime teria se originado de brigas políticas entre Lula e um primo do empresário assassinado. Joselito, que era proprietário da retífica Técnica Diesel, teria tentado apaziguar a situação e acabou sendo ameaçado de morte.

A Polícia Civil de Alagoas informou que até o momento não recebeu cópia do mandado de prisão expedido pela Justiça pernambucana e, por este motivo, não foi efetuada nenhum prisão.

De acordo com familiares do empresário assassinado, o clima é de revolta e medo entre os parentes e amigos da vítima pelo fato do ex-prefeito continuar solto, mesmo com a prisão decretada. “Agora ele sumiu da cidade de Novo Lino, mas estava andando livremente há pouco tempo. A prisão foi decretada e ele [Lula Soares] continua solto ameaçando as pessoas”, ressaltou irmão de Joselito e vereador por Novo Lino, Cosme Soares de Souza (PT).

Joselito foi assassinado no dia 23 de agosto deste ano, quando estava na retífica de sua propriedade. Dois homens chegaram procurando pela vítima, que ao se aproximar, foi atingida na cabeça por dois disparos feitos à queima-roupa.

Segundo informações, os dois homens contaram com o apoio de outras pessoas e fugiram em um Gol, da cor de grafite, de placas KIY-1301, tomado em assalto uma semana antes do homicídio, na Zona da Mata Norte.

Os acusados Cristóvão Patrício da Silva, Sandro Farias Lino e José Licásio da Silva Filho foram presos há um mês em cumprimento a mandatos de prisão temporária. Ironildo do Carmo Silva e Claudionor Gonçalves dos Santos foram presos em Alagoas – há duas semanas – acusados de cometer crimes nos dois Estados. Ironildo é acusado, pela Polícia Civil de Pernambuco, de dirigir o carro utilizado na investida e facilitar a fuga de Cristóvão, autor dos disparos. Claudionor é apontado como o responsável por dar cobertura ao assassino.

O grupo está sendo indiciado por formação de quadrilha, homicídio qualificado e assalto qualificado já que o veículo utilizado para a fuga dos assassinos era roubado.

Acusações

O ex-prefeito Lula Soares é ainda acusado ainda de ser o mandante do assassinato do ex-presidente da Câmara de Vereadores de Novo Lino, Antônio Carlos Figueredo, 43 anos, executado a tiros em 11 de fevereiro deste ano. Segundo o irmão da vítima, Ismar Figueiredo, o crime teria ocorrido por questões políticas, uma vez que Antônio Carlos já havia confirmado sua candidatura à prefeitura de Novo Lino, em oposição à Lula Soares.

Segundo Ismar, em depoimento aos delegados Mário Jorge Barros e Denisson Albuquerque no dia 16, o ex-prefeito seria acusado de mais três crimes ocorrido na região. Outra informação fornecida pelo funcionário público seria a de que existe uma lista, com seis nomes, de pessoas que seriam assassinadas pelo ex-prefeito Lula Soares, entre eles, dois ex-policiais militares e integrantes de uma milícia clandestina que trabalharia a serviço de Soares.

O delegado do Tático Integrado Grupo de Resgates (Tigre), Mário Jorge Barros, informou – no dia do depoimento – que as informações colhidas junto a Ismar Figueiredo seriam encaminhadas para o Núcleo de Investigação e Repressão ao Crime Organizado.