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Ajuste fiscal: ‘Queremos saber qual o preço que os alagoanos vão ter que pagar’

O presidente da CUT em Alagoas, Isak Jackson, informou ao Alagoas24horas que, na tarde de hoje, representantes de todos os movimentos grevistas estarão reunidos no Centro de Maceió, em frente ao antigo Produban, para discutir o ajuste fiscal que foi assinado hoje, em Brasília, entre o governo do estado e o governo federal.

Alagoas 24 Horas / Arquivo

Isak Jackson – presidente da CUT

O presidente da CUT em Alagoas, Isak Jackson informou ao Alagoas24horas que, na tarde de hoje, representantes de todos os movimentos grevistas estarão reunidos no Centro de Maceió, em frente ao antigo Produban, para discutir o ajuste fiscal que foi assinado hoje, em Brasília, entre o governo do estado e o governo federal.

Segundo Isak, a maior preocupação dos servidores se deve ao desconhecimento do conteúdo do ajuste. “Como é que o governo assina um ajuste sem discutir com os trabalhadores, sem realizar uma sessão pública? Nós queremos saber qual o preço que os alagoanos vão ter que pagar? Estamos preocupados que esse preço seja enxugamento de folha, demissões. Tudo isso pode estar contido neste ajuste”, alega.

O presidente da CUT lembrou que nas reuniões que o governador realizou com membros da Assembléia Legislativa, Tribunal de Justiça e Ministério Público, ficou claro que, antes de se posicionarem, todos gostariam de obter mais detalhes sobre o conteúdo do ajuste.

“As entidades irão cobrar do governo estadual todas as informações e a documentação a respeito do ajuste. Se o ajuste tiver pontos contra os interesses dos trabalhadores, nós vamos para o enfrentamento. Por conta dessa dívida de R$ 6 bilhões, já perdemos demais, perdemos a Ceal, por exemplo. Queremos saber o que mais poderemos perder com esses acordos mal-feitos”, afirmou Isak.

Greve geral

A depender de fatores como o teor do ajuste fiscal e a possibilidade de o governo levar adiante a idéia de demitir os servidores grevistas, o presidente da CUT não afastou a possibilidade de a entidade puxar uma greve geral, ainda este ano, envolvendo uma pauta mais ampla de reivindicações, com a cobrança da federalização dos crimes no Estado; auditoria da dívida; congelamento dos duodécimos dos poderes e combate à sonegação fiscal, inclusive com o seqüestro dos bens dos maiores devedores.

“Os servidores flexibilizaram suas pautas de negociações, mas o governo ainda não se posicionou, pois quer nos vencer pelo cansaço. Só esperamos que o governo não use o instrumento da demissão, que não tem nenhum respaldo jurídico. A CUT discorda de ações como o impeachment, mas se o governo demitir servidor público, a nossa posição será outra”, finaliza.